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DONA PATROA

No papel de conservadora, Camila Morgado comenta “laboratório” para Renascer

Foto de Camila Morgado
Camila Morgado falou sobre papel em Renascer (foto: Reprodução/Globo)

Camila Morgado esteve no elenco de Pantanal (2022) como Irma e assumiu a responsabilidade de atuar como Dona Patroa no remake de Renascer. O papel, que foi de Eliane Giardini em 1993, não precisou de grandes estudos por parte da atriz. “Ser mulher em um país extremamente machista, faz eu não precisar de tanto ‘laboratório’ assim para entender o universo da personagem”, analisou.

Dona Patroa é a mulher de Egídio e mãe de Sandra. Conservadora nas ideias e submissa, é também uma mulher que teme pelas atitudes e grosserias do marido. E busca nas orações e na fé converter Egídio e endireitar seus tortuosos caminhos. “Todas as mulheres já viveram ou presenciaram alguma situação desconfortável. Eu como mulher branca e privilegiada já passei por várias, imagine uma mulher negra e periférica? Ou uma mulher trans?”, questionou Camila Morgado em conversa com o site Heloisa Tolipan.

“Não conheço uma mulher que nunca tenha passado por uma situação constrangedora. Já tive que lidar com várias situações ruins, abusivas, agressivas. Ser mulher no Brasil ainda é perigoso. E como podemos ressignificar? Lutando todos os dias, resistindo todos os dias. Criando uma rede de apoio, de mulheres. Nos protegendo, nos escutando, denunciando e indo para a rua”, pontuou Camila Morgado.

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A artista tem acumulado papéis relevantes na carreira e um deles foi em Bom Dia, Verônica, da Netflix. “Desde que fiz essa personagem na série, fui me dando conta da força que é quando uma pessoa se depara com uma história que esbarra na dela. Por exemplo, no próprio set da produção, quando as cenas terminavam, mulheres da equipe vinham conversar comigo, dizendo que naquele momento estavam se dando conta de violências que já tinham passado ou ainda passavam. Mostrar a violência na ficção, em seus mais variados estados, também é uma forma de alerta, de abertura de diálogo e de concretização de uma realidade dentro da cabeça de quem vê”, concluiu.

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