Sinais de abandono e vandalismo marcam a atual condição de uma das propriedades de Edson Arantes do Nascimento (1940-2022), o Pelé, vítima de câncer no cólon. A mansão, localizada na Praia de Pernambuco, Guarujá, no litoral de São Paulo, apresenta deterioração visível, apesar das alegações contrárias do advogado de Edinho, filho do ex-jogador.
O imóvel, que ocupa um quarteirão, foi a penúltima residência de Pelé antes de se mudar para o Jardim Acapulco com sua esposa, Márcia Aoki. Mesmo depois de a mudança, Pelé continuou frequentando a propriedade. Segundo moradores, a demissão dos funcionários depois de a morte de Pelé deu início ao abandono.
Criminosos invadiram a mansão usando árvores ao redor para furtar fios de cobre, deixando o local sem energia. “A ação dos vândalos ocorre em um momento de reestruturação e diz respeito à ausência de segurança naquele local. No mais, todos esses pontos estão sendo cuidados pelo Espólio [conjunto de bens]”, declarou o advogado Augusto Miglioli, que representa Edinho.
Segundo o G1, que esteve no local, a equipe de reportagem constatou sinais de abandono, como mato alto, um interfone sem botão, ferrugem nos portões e teias de aranha. Imagens do interior mostram a piscina com água esverdeada e um jardim invadido pelo mato, dificultando a visibilidade do antigo campo de futebol.
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Márcia Aoki, viúva de Pelé, abriu mão de ser a inventariante, papel assumido por Edinho. O advogado de Edinho afirmou que os problemas estruturais da residência “já estão sendo cuidados”. O processo de inventário está sob segredo de Justiça, conforme decisão do desembargador Miguel Brandi, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).
Pelé deixou em testamento que 30% de seus bens seriam destinados à viúva Márcia, enquanto os 70% restantes foram divididos entre seus herdeiros, incluindo filhos de seus dois casamentos e filhas reconhecidas. Octavio Felinto Neto e Gabriel Arantes do Nascimento Felinto, netos de Pelé, herdarão a parte da mãe, Sandra Regina, já falecida.
