A Globo confirmou nesta quinta-feira (27) a volta do Linha Direta, programa que apresentava casos policiais sem solução. A atração, que já foi comandada por Hélio Costa, Marcelo Rezende (1951-2017) e Domingos Meirelles, estará na grade de programação do canal em 2023 com apresentação de Pedro Bial. A novidade foi anunciada no Upfront Globo, evento do conglomerado de mídia realizado no Memorial da América Latina, em São Paulo.
A volta do Linha Direta havia sido adiantada pela colunista Patricia Kogut, do jornal O Globo. O projeto está sendo desenvolvido pelo núcleo comandado por Mariano Boni, diretor de Variedades/Pauta da emissora. A ideia da rede ao retomar o formato é provocar uma reflexão sobre a impunidade, algo que ainda causa dor em muitos brasileiros. A Globo ainda não divulgou data prevista para a estreia.
A primeira versão do Linha Direta estreou na Globo em março de 1990, mas durou apenas quatro meses. Com apresentação de Hélio Costa, era exibido às quintas-feiras, das 22h50 às 23h50. Após deixar a programação, uma segunda versão voltou à grade em 1999, com Marcelo Rezende. Domingos Meirelles, candidato à deputado estadual pelo PSB no Rio de Janeiro nas eleições deste ano, assumiu o programa em 2002 até o fim do policialesco, em 2007.
Entre os casos abordados pelo Linha Direta, alguns tiveram repercussão em todo o país, como o das mortes de Paulo César Farias, tesoureiro da campanha do ex-presidente Fernando Collor de Mello, e da sua namorada Suzana Marcolino; o do assassinato da estudante Ana Carolina da Costa Lino, durante um assalto no Rio de Janeiro; o do sequestro de Wellington de Camargo, irmão dos cantores Zezé Di Camargo e Luciano; e o da morte do estudante Márcio Gasparim da Silva, em uma briga de torcidas no estádio do Pacaembu, em São Paulo.