Malu Galli foi entrevistada no Conversa com Bial na madrugada da última terça-feira (15), na Globo. A atriz, que recentemente esteve no ar como Violeta Camargo Tapajós em Além da Ilusão (2022), reclamou da falta de intérpretes mais experientes na televisão. “A gente não tem representatividade, a gente liga a televisão não tem gente velha, a gente abre uma revista não tem gente velha. A gente quer ver um editorial de moda e só tem garota”, disse ela.
Na trama escrita por Alessandra Poggi, a mãe da protagonista Isadora (Larissa Manoela) era uma mulher mais velha que reencontrou “um amor maduro” e também levantou o debate sobre empoderamento feminino. “O batom vermelho da Violeta virou um símbolo de empoderamento feminino, de força. Quando ela sofreu o sequestro, ela ficou alguns capítulos sem o batom vermelho porque ela estava muito enfraquecida e fragilizada”, relembrou.
“E começou um movimento ‘cadê o batom da Violeta? Violeta reage, bota o batom!’. Fizeram uma ação linda no Twitter, elas apareceram com batom vermelho, dizendo que elas eram crias da Violeta Camargo”, disse a artista. Segundo ela, existe uma falta de representatividade de histórias de pessoas mais velhas nas telinhas.
“Tem uma questão do mercado, de valorizar a juventude, dela ser soberana, que o que é jovem é belo, o que é jovem é o que interessa. E é uma mentira porque a gente vive muito e muito bem. A gente não tem representatividade, a gente liga a televisão não tem gente velha, a gente abre uma revista não tem gente velha. A gente quer ver um editorial de moda e só tem garota…”, finalizou Malu Galli . A novela Além da Ilusão, que terminou em agosto, foi a segunda novela inédita da Globo depois da crise sanitária, que sucedeu Nos Tempos do Imperador (2021).
