Depois de renunciar aos direitos de transmissão de produtos importantes como a Fórmula 1 e a Libertadores, a Globo passou a rever também os contratos de filmes com as distribuidoras com a qual possui parceria. Por conta da alta do dólar, os acordos com Disney, Warner, Universal e Sony estão sendo revistos pela emissora, segundo informações publicadas pelo jornalista Thiago Forato, do site NaTelinha, parceiro do UOL.
A rede carioca tem preferência de compra dos principais filmes do acervo dessas distribuidoras. Aqueles que ela não tem interesse, são oferecidos aos outros canais. No entanto, a Globo sempre faz valer o seu direito de escolha e acaba comprando os longas mais cobiçados. Com a moeda americana na casa dos R$ 5,20, a TV acaba desembolsando uma fortuna para preencher as sessões de filmes.
Quando a Globo fechou o último acordo com as distribuidoras, o dólar ainda estava abaixo de R$ 4,00, entre 2018 e 2019. De acordo com o NaTelinha, estima-se que ela desembolse cerca de US$ 70 milhões [quase R$ 400 milhões na cotação atual] anualmente em filmes para abastecer os slots de filmes como Tela Quente, Temperatura Máxima, Campeões de Bilheteria, Sessão da Tarde, Corujão, Cinema Especial, etc.
A Globo confirmou que está em período de renovação de acordos com as distribuidoras. Além das grandes produtoras internacionais, ela também compra direitos de filmes de distribuidoras independentes. “Esta diversidade no fornecimento de filmes é importante para manter a relevância e o desempenho de audiência dos slots de filmes da emissora. É um esforço que o público reconhece e valoriza, já que todos os slots de exibição de filmes na TV Globo são líderes de audiência”, disse a emissora ao NaTelinha.
