Dominique Metzger, repórter argentina, sofreu um furto enquanto trabalhava na cobertura da Copa do Mundo do Catar para o canal Todo Notícias na última sexta-feira (18). A jornalista relatou que, além do susto, o que mais a espantou foi a reação da polícia local. As autoridades perguntaram qual pena ela queria que o criminoso recebesse quando fosse capturado. A situação aconteceu na cidade de Doha, mas a profissional e equipe não perceberam o furto imediatamente. Ela perdeu carteira com dinheiro, documentos e cartões de banco.
“Não percebi quando fui assaltada. Estávamos dançando com algumas pessoas e mexendo no celular. Talvez tenha sido lá”, contou ela. Segundo a jornalista, ela só percebeu que havia sido roubado quando procurou a carteira para comprar uma água depois da participação ao vivo na emissora de televisão. “Na delegacia de polícia me mandaram fazer queixa, porque asseguram que está tudo sob vigilância e que vão encontrar a carteira”, revelou ela em outra transmissão no canal argentino feita no domingo (20).
“Teve um momento em que me pediram para escrever meu depoimento, e aí veio a parte mais complexa, porque me perguntaram: ‘O que quer que a Justiça faça? Porque vamos encontrá-lo, há câmeras de alta definição em todos os lugares”, relatou. Dominique Metzger disse que, em um primeiro momento, achou que tivesse entendido errado a pergunta da polícia. “Mas não! Ficaram me perguntando que pena eu queria para o ladrão. Perguntaram para mim!”, afirmou, espantada. Entre as opções de punição para o bandido, ela listou prisão de cinco anos, julgamento ou deportação, caso seja um estrangeiro, ou exílio, no caso de cidadão local.
Nas redes sociais, internautas brasileiros e argentinos também ficaram espantados com a atitude da polícia do Catar. “Estado de Direito no Catar? Esqueçamos isso”, comentou um perfil. “Justiça ao gosto da vítima. Processo rápido e eficiente…”, disse outro brasileiro. “Esta senhora foi roubada no ar no Catar durante a Copa do Mundo. Selvagem”, disse um estrangeiro. “Para eles deve ser realmente uma desonra que haja um ato criminoso, ainda mais para um turista”, comentou um argentino. “O que precisamos aqui”, pediu um outro morador de um município da Argentina.
