Apresentador do extinto Vídeo Show (1983-2019), o ator Luigi Baricelli revelou que desenvolveu uma síndrome do pânico na época em que foi titular do programa sobre bastidores da Globo, entre 2009 e 2010. “Estava bem estabelecido. Não entendi o que era. Era um processo existencial mesmo. Acordava às 5h da manhã com o lençol todo molhado de suor”, disse ele em entrevista para Daniela Albuquerque no programa Sensacional, da RedeTV!, exibido nesta quinta-feira (1º).
“Nem sabia que sensação louca era aquela. Saía de casa, ia fazer o programa ao vivo e voltava para ficar na cama. Durante um ano […] Eu me achava fake, achava meio estranho isso. Quando desligava as luzes [do estúdio] já baixava a tristeza, ficava meio confuso”, contou o artista. Na Globo, Luigi Baricelli fez sucesso em novelas como Malhação (1995 a 1997), Laços de Família (2000) e Insensato Coração (2011).
Ele afirma que começou na profissão de ator por vocação. “Eu sabia que tinha que fazer isso, não sabia o porquê. Achava que era dinheiro, fama, mas, na verdade, era intuição. Era muito conflituoso, porque: imagina um cara tímido no meio da televisão? É o caso perfeito para se afundar, não faz sentido nenhum. Eu era um cara que não conseguia decorar texto, mas chegava lá e fazia. Vai entender isso”, pondera.
Aos 18 anos, Baricelli começou a trabalhar como modelo, antes de ingressar na televisão. Apesar de ser reconhecido pela beleza, ele não se achava bonito. “Me achava horroroso, não gostava nem de me olhar [no espelho]”, confessa o ator, ponderando essa experiência como uma oportunidade de amadurecimento. “Aprendi muitas coisas como modelo, entre elas que você é mais rejeitado do que aceito. É muito mais não [do que sim]. Então ali já é uma preparação para a vida também”, finalizou.