Susana Naspolini, repórter da Globo que morreu vítima de câncer em outubro, receberá uma homenagem da Prefeitura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e terá seu nome em uma creche da região no Rio de Janeiro. A inauguração da Creche e Pré-Escola Municipal Jornalista Susana Naspolini acontece neste sábado (3), no bairro Campos Elíseos.
Segundo informações da repórter Marcela Ribeiro, do site NaTelinha, na nova unidade educacional serão atendidas cerca de 150 crianças da região, com berçário, fraldário, lactário, espaço para amamentação, solário e brinquedoteca. A creche também contará com refeitório, horta própria e pátio coberto.
A Prefeitura de Duque de Caxias informou também que a inauguração da nova creche contará com a presença de parentes e amigos da homenageada, autoridades e mães de alunos. Recentemente, Julia Naspolini, filha de Susana, deu detalhes sobre a luta da repórter contra o câncer. A comunicadora da Globo morreu aos 49 anos no final de outubro. A jovem também perdeu o pai, o narrador esportivo Maurício Torres, que morreu em 2014, por complicações de uma infecção.
“Meu pai teve uma arritmia cardíaca em um voo do Rio para São Paulo, precisou ser hospitalizado e não resistiu. Morreu em um mês, devido a uma infecção, aos 43 anos. Eu era nova na época e não pude me despedir dele no CTI (Centro de Terapia Intensiva), como fiz agora com minha mãe. Ninguém espera enfrentar essas perdas tão cedo, mas sou grata por ter tido um tempo tão intenso e feliz com eles”, afirmou ela para a Veja.
“Quando meu pai partiu, minha mãe já brigava com o câncer. A doença surgiu aos 18 anos. Ela venceu um linfoma de Hodgkin. Quando eu tinha 4, descobriu um tumor na mama, seguido de um na tireoide. Em 2016, soubemos de outro câncer na região da mama e, em janeiro de 2020, veio a notícia da metástase na bacia. Ela me ensinou muito. Nunca deixou de lutar”, relatou Julia. Susana Naspolini enfrentou quatro lutas contra o câncer.
“Quando o médico me disse, quatro dias antes de ela nos deixar, em 25 de outubro, que o quadro era gravíssimo, não pensei duas vezes. Como ela nunca perdeu a fé, gravei um vídeo e postei nas redes pedindo orações, que agradeço muito. Naquele dia, já extremamente debilitada, falou comigo pela última vez. Queria que ficasse a seu lado, e eu não larguei sua mão. Mas não deu. Ela se foi aos 49 anos”, disse Julia Naspolini.