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MUDANÇAS INTERNAS

Após fracasso, CNN Brasil acaba com cargo de CEO e anuncia novos líderes

Imagem com foto da sede da CNN Brasil
Sede da CNN Brasil; direção do canal de notícias anunciou novos líder após demissão em massa (foto: Reprodução)

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Após demitir mais de 140 funcionários de uma só vez, a direção da CNN Brasil anunciou nesta semana a nova estrutura do canal de notícias. Em comunicado interno enviado aos colaboradores remanescentes, a empresa informou que decidiu acabar com o cargo de CEO, que era ocupado pela executiva Renata Afonso, que foi demitida da empresa no mês passado. Também foram promovidos três vice-presidentes a novas lideranças “com o objetivo de fortalecer o jornalismo e as pratas da casa”.

A CNN Brasil escolheu Virgilio Abranches, Jercineide Castro e Leandro Cipoloni, que estão na emissora desde janeiro de 2019. As mudanças foram decididas pelo presidente-executivo do Conselho, João Camargo. Abranches, que era vice-presidente de programação e multiplataforma, estará à frente da vice-presidência de conteúdo e operações. Ao seu cargo ficará a gestão estratégica e administrativa de todos os departamentos da área de conteúdo (jornalismo, soft news, digital, programação, engenharia e operações).

Jercineide Castro, ex-CFO do canal por assinatura, agora é a vice-presidente de gestão e negócios. Ela será responsável pela gestão dos departamentos da área de apoio (comercial, distribuição, marketing, jurídico, gente e cultura, administrativo e financeiro). Já com Cipoloni ficará a vice-presidência de jornalismo. O profissional será encarregado da organização e orientação do conteúdo jornalístico editorial em todas as plataformas (TV, digital e rádio) e irá cuidar do relacionamento com o time editorial da CNNI (CNN International). Acácio Costa terá a função de secretário-executivo do conselho, apoiando Camargo. Ainda de acordo com o comunicado interno, a CNN Brasil tem como objetivo “investir com mais inteligência”.

Na tentativa de reduzir custos e alcançar o chamado breakeven, o novo presidente executivo, João Camargo, pretende tirar a empresa do vermelho até março de 2023. Para isso, a programação sofrerá mudanças nas próximas semanas com mais espaço para as notícias do momento, com o chamado conteúdo de hard news. Entre os jornalistas de vídeo que foram dispensados da CNN Brasil na semana passada estão Monalisa Perrone, Gloria Vanique, Sidney Rezende, Kenzô Machida, Heloísa Vilela, Danúbia Braga, Alexandre Borges, Roberta Russo, Isabella Faria, Bruna Ostermann, Anthony Wells, Everton Souza, Bruna Carvalho, Gabrielle Ravasco e Rita Wu.

Na última quarta-feira (7), os profissionais que perderam o emprego divulgaram uma carta para denunciar no canal de notícias de burlar as horas extras e assediar jornalistas com seguranças para impedir que eles se despedissem dos colegas de São Paulo. No texto, eles também criticam promessas que não foram cumpridas pela direção, como a manutenção total da equipe de digital. Houve o caso de um colaborador dispensado 15 dias após receber uma promoção de seus superiores. O plano de saúde oferecido pela CNN Brasil também foi citado pelos ex-funcionários. Os demitidos só poderão fazer uso do benefício por 36 dias após a saída da empresa de comunicação. Eles reclamam por um tempo maior de permanência, como inicialmente havia sido combinado com o canal.

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