Tiago Pavinatto, apresentador do Linha de Frente, da Jovem Pan News, falou sobre como foi descobrir que era homossexual e detalhou momentos difíceis em uma cidade pequena do interior de São Paulo. O comunicador pontuou que rezava para Deus para que ele deixasse de ser gay. “Eu sempre soube que eu era gay. É difícil para uma criança do interior dos anos 80 e tem um combo de coisa. Nos anos 90, a gente tinha o estigma da AIDS. A gente achava que ia morrer de AIDS”, pontuou o jornalista.
“Eu rezava todas as noites para que Deus me desfizesse gay por eu não querer morrer de AIDS. Era só o que se noticiava. Essa galera da militância de hoje em dia não tem a menor ideia do que foi isso. O quanto isso pesou não só na gente, mas nas famílias”, revelou em conversa com o podcast de Paulo Mathias. Depois, o também advogado relatou as diferenças entre uma cidade grande e pequena. “No interior, uma mulher divorciada é uma mulher divorciada. Aqui em São Paulo não temos disso. Uma pessoa que não era católica nos anos 90, era vista com preconceito”, afirmou.
“É uma cidade pequena e você não pode assumir que é gay. Quem era gay assumido? O cabeleireiro, o maquiador, o motivo de chacota da cidade. Mãe de gay reza para que a gente deixe de ser gay. Mãe de gay reza para que a gente não pegue AIDS. Mãe de gay reza para que a gente não vire transformista no Silvio Santos. Mãe de gay reza muito”, disse. Questionado sobre preferências políticas, Tiago Pavinatto opinou.
“Ser de direita não te faz Bolsonarista. Até porque no Brasil, a gente não tem noção do que é direita e o que é esquerda. Muito menos o que é direita. Não se tem. Não é uma direita e são as direitas. Tem o conservador e as pessoas não entendem o que é ser conservador. Ser conservador é uma das coisas mais incompreendidas no Brasil. As pessoas não tem ideia do que é”, afirmou o apresentador da Jovem Pan News.