A Record demitiu no início da noite de quinta-feira (15) o jornalista Luiz Carlos Azenha, um dos repórteres mais famosos e prestigiados da emissora. O desligamento pegou de surpresa diversos colaboradores da Redação do Jornal da Record, como editores, produtores e até o próprio profissional. Ele estava contratado do canal do bispo Edir Macedo desde outubro de 2008. Nos últimos dias, a Record tem promovido corte de custos para colocar as finanças em dia e pretende fazer uma reformulação em seu principal telejornal em 2023.
Por causa do prestígio conquistado na carreira, Azenha tinha um dos maiores salários do Jornalismo da Record. Antes de ser contratado, em outubro de 2008, ele passou pela extinta TV Manchete (1983-1999) como correspondente nos Estados Unidos. Entre as coberturas importantes na empresa de Adolpho Bloch (1908-1995), está a queda do muro de Berlim, que dividia a Alemanha comunista e capitalista. No SBT, entre 1994 e 1998, atuou enviando material dos Estados Unidos, incluindo transmissões da Fórmula Indy.
Em 1999, Luiz Carlos Azenha foi contratado pela Globo, onde também foi correspondente nos EUA entre 2001 e 2004. Voltou ao Brasil e ficou na emissora líder até 2007. Após ser demitido, foi contratado pela Record em outubro do ano seguinte. No canal, produziu reportagens especiais para o Jornal da Record e o Domingo Espetacular. O jornalista ganhou o prêmio o Prêmio Esso de Telejornalismo pela série de reportagens A Criança e a Tortura, exibida 2013 no principal telejornal da emissora. Dividido em cinco partes, a série contou a história de crianças e seus pais torturados durante o período da Ditadura Militar (1964-1985).