Interpretando a destemida e sagaz Judite Xavier, Mariana Nunes tem chamado atenção do público de Todas as Flores. Por ser um personagem forte, ela conta que para se preparar, acaba exigindo dela um processo diferente. Em entrevista à Quem, a atriz ainda falou sobre falta de representatividade de artistas negros em papeis centrais. “Começou uma onda de colocar atores pretos em personagens pequenos, que não estavam no centro da trama”, disse.
Mariana ainda fala sobre as reviravoltas constantes na trama do Globoplay. “O João Emanuel Carneiro escreve de uma forma muito específica. As reviravoltas são constantes. Na preparação você sente tem que sentir o nervo principal da personagem, mas você também tem que estar atenta para os possíveis caminhos que essa personagem pode seguir”, explica a atriz, ainda comentando um pouco sobre sua personagem.
“Ela é costureira, líder comunitária, que tem um filho que está sempre perguntando sobre a identidade do pai, mas ela não revela. Então, ao mesmo tempo que ela é correta e tem um compromisso com a verdade, ela esconde uma verdade do filho. Ela é muito misteriosa”, detalha a artista, ainda comentando sobre a falta de atores negros em papeis centrais.
“Começou uma onda de colocar atores pretos em personagens pequenos, que não estavam no centro da trama, mas representavam uma classe social mais alta. A participação de um médico, botavam um ator preto. A participação de um advogado, botavam um ator preto. Agora esses atores pretos estão começando a ter papéis que estão mais no centro da cena. Ainda não está 50% por 50%. Todas as Flores tem quatro protagonistas e uma preta, duas não brancas e uma branca. É massa”, analisa.
