Celso Portiolli, apresentador do Domingo Legal, relembrou quando foi colocado por Silvio Santos na geladeira do SBT. Em entrevista ao programa Otalab, que Otaviano Costa apresenta no UOL, o animador de auditório falou sobre o período em que ficou longe da telinha por mais de um ano. “Lembro uma época em que fiquei mais de um ano fora do ar. Comentei com minha mulher que estava triste. Achava que não voltaria mais a fazer TV. Minha situação estava terrível. Achei que pudesse ser depressão e fui a um psiquiatra”, disse Portiolli.
Foi com a ajuda médica que Celso Portiolli conseguiu superar as dificuldades profissionais e, tempos depois, voltar à televisão. “Viajei por 30 dias e fui esquiar. Voltei e falei para o doutor que não sofreria mais pelo que os outros faziam por mim e sim pelo que eu fizesse de errado em algum momento. Tirou meu remédio e nunca mais fiquei mal. Foi um sofrimento grande, mas parei de sofrer”, continuou ele, contando sua conquista pessoal.
Na conversa, Celso lembrou com carinho a admiração que tem pela apresentadora Hebe Camargo [1929-2012], responsável por impulsionar sua carreira na televisão. “A Hebe era muito verdadeira, uma professora pra mim. Ela me deu muitos conselhos. Ela adorava que eu participava do programa dela. Desde o primeiro programa que me impulsionou, me chamando pra dar uma entrevista, foi o programa da Hebe Camargo. Um dia eu entrei no camarim dela e a vi pingando colírio no nariz. Eu perguntei: ‘por que?’. Ela me disse: ‘descongestiona do mesmo jeito’”, contou, aos risos.
Questionado por Otaviano Costa se já tomou “porre” com Silvio Santos, Celso aproveitou pra contar que só foi na casa do empresário e dono do SBT uma vez na vida e que foi muito bem recebido. No entanto, segundo o apresentador do Domingo Legal, foi no camarim do pai de Patricia Abravanel que ele já levou muita bronca. “Eu tomei cada uma [bronca]. Mas também tive momentos incríveis, como ele me ensinar a como apresentar o game, como fazer… E ele percebia que às vezes eu estava meio contrariado em fazer uma coisa ou outra. Ele me chamava e falava: ‘eu faria muito melhor que você, então você tem que fazer assim. Vou te dar mais uma oportunidade, faz de novo’. Então, ele foi meio… as atitudes dele comigo foi meio ‘paizão’. Quem me ensinou muito a ser um profissional tranquilo, a não ligar pra fama, se está fazendo programa ou não, a ser um cara que conversa com todo mundo, foi ele”, revelou Celso Portiolli.