A Globo irá estrear a novela Vai na Fé em janeiro e o elenco conversou com os jornalistas sobre as expectativas da trama que terá Sheron Menezzes em seu primeiro papel de protagonista. A atriz relatou que ficou feliz de que a história seja um espelho da sociedade brasileira e comemorou o destaque de mulheres negras.
“É muito gostoso ver a Sol como uma mulher que tem seus problemas, mas levanta com sorriso no rosto, trabalha, cozinha, pega ônibus, faz show, faz tudo como muitas mulheres fazem no seu dia a dia. É muito importante as pessoas se identificarem de maneira positiva quando ligarem a televisão, e falarem: ‘Caraca, ela é igual a mim’. E quando eu falo tantas de nós, estou falando de mulheres pretas, de famílias pretas”, relatou ela que interpretará a Sol.
Leia também: Protagonista de nova novela da Globo fala sobre papel: “Muito complexo”
Leia também: Na Globo, Sheron Menezzes fala sobre papel em nova novela das sete
Elisa Lucinda viverá a Marlene, a matriarca da família de Sol. “Acho muito bonito ver essa casa tocada pelo feminino. Essa gestão feminina que tanto acontece nas casas. Tem um desenho de gerações, onde a Jenifer [Bella Campos], que é a primeira universitária da família representa muito. Tenho uma intuição de que pode dialogar muito com a família brasileira. Tem um mundo contemporâneo acordando para as leituras das mazelas que nos definem, e a gente não via nesse mercado”, afirmou.
A artista destacou a emoção do espaço conquistado pelos negros nos últimos tempos na dramaturgia. “Estou adorando o que estou vivendo. Houve momentos da preparação que eu chorei muito por ver esse tanto de gente preta. Há anos, muitos de nós estariam em novela de época fazendo escravo. Vejo um avanço imenso até do ponto de vista capitalista. A gente consome e quer se ver representada”, disse.
Após um grande sucesso em Pantanal, Bella Campos revelou que está feliz em mostrar a realidade ao público. “Fico muito orgulhosa de estar contando isso. Espero que um dia a gente não precise mais partir desse ponto. Que um dia a gente possa ver em uma família preta, do subúrbio, todo mundo com diploma fazendo o que bem entender. Mas é uma realidade de muitas famílias brasileiras. Então acho que é um incentivo, um ponto de esperança, para mostrar que é possível, mesmo com as dificuldades”, pontuou a contratada da Globo.
