Maria Adelaide Amaral, autora premiada e conhecida por sucessos como A Casa das Sete Mulheres (2003), foi dispensada da Globo após 32 anos de contribuição. O último trabalho da roteirista foi com A Lei do Amor, em 2016. A autora ganhou Prêmio Jabuti (1987) e Ordem do Mérito Cultural (2013).
A ex-contratada da Globo entrou na televisão em 1979, por um convite feito pelo autor Lauro César Muniz, conhecido por O Morro dos Ventos Uivantes (1967) pela TV Excelsior, para colaborar na novela Os Gigantes. Três anos depois, ela foi convidada para coescrever a telenovela Meu Bem, Meu Mal, com Cassiano Gabus Mendes (1927-1993) e por influência passou a dedicar a carreira como novelista.
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A primeira telenovela como autora titular foi o remake de Anjo Mau, em 1997, e que foi dirigida por Denise Saraceni. Em 2002, Maria Adelaide Amaral chegou a escrever a trama A Dança da Vida, que seria a sucessora de A Padroeira. A história foi proibida pela Justiça de ir ao ar prestes a começar as gravações por temas políticos e a emissora decidiu cancelar. A Globo pediu para Emanuel Jacobina, ex-autor de Malhação, para escrever uma história substituta, que seria Coração de Estudante.
Em 2007, a autora entregou uma minissérie sobre Maurício de Nassau, conde e militar germânico, que foi cancelada pela empresa por altos custos da produção. Em 2010, a escritora conseguiu o remake de Ti Ti Ti. A trama foi uma fusão das obras de Cassiano Gabus Mendes, Plumas e Paetês e Ti Ti Ti (original) e ocorreu focada no mundo da moda. A novela teve a trama romântica baseada em Plumas e Paetês e a tensão do mundo fashion criada por Ti Ti Ti. A novela foi protagonizada por Murilo Benício e Alexandre Borges, representando Ti Ti Ti e Caio Castro e Ísis Valverde representando Plumas e Paetês.