Pedro Paulo Rangel, o eterno Calixto da novela O Cravo e a Rosa, morreu no final da madrugada desta quarta-feira (21). Ele estava internado desde novembro em um hospital do Rio de Janeiro desde outubro para tratar complicações causadas por um enfisema pulmonar. O ator lutava contra uma doença pulmonar há duas décadas e, em 14 de dezembro, teve sua sedação suspensa em tentativa dos médicos para extubá-lo — na ocasião, a equipe que acompanhava o artista ressaltou que o seu quadro clínico ainda era grave.
No início de novembro, pouco antes de sua derradeira internação, Pedro Paulo cancelou as apresentações da peça O Ator e o Lobo que faria na Casa de Cultura Laura Alvim, no Rio de Janeiro. Em 15 de dezembro, ele chegou a deixar o Centro de Terapia Intensiva, ao qual voltou pouco depois, mas permanecia sem previsão de alta. Desde 2002, o artista lutava contra os efeitos da DPOC (doença obstrutiva pulmonar crônica), causada pelo tabagismo. Os sintomas começaram quatro anos depois de ter parado de fumar.
O papel mais recente de Pedro Paulo Rangel na televisão foi com a reprise de O Cravo e a Rosa. Drica Moraes relembrou a trama criada por Walcyr Carrasco. “Li sobre a época, os hábitos. Os figurinos da Marcela eram chiquérrimos. Amava me vestir. Trouxe um chapéu que tinha sido de minha avó para a personagem e era uma viagem me imaginar naquele tempo. A Marcela era uma mulher compulsiva pelo homem alheio”, relembrou ela.
“Muito engraçada a fixação dela. Parecia um carrapato atrás daquele homem. Minha família era um luxo: Taumaturgo Ferreira, Carlos Vereza… Morríamos de rir com a porca que era minha irmã, e herdeira de papai. Fora o elenco todo de ouro, Ney Latorraca, Suely Franco, Pedro Paulo Rangel, Luís Melo, Adriana Esteves, Du Moscovis, Leandra Leal. É elenco de peso mesmo”, pontuou.