Carla Vilhena relembrou momentos dos 20 anos em que trabalhou na Globo. A apresentadora relatou que foi ameaçada durante cobertura de reportagens e já quiseram agredi-la. Incrédula com as atitudes, a comunicadora afirmou que os jornalistas de rua são apenas trabalhadores. “Existem reportagens que a gente se sente ameaçada”, contou.
Em conversa com O Pod É Nosso, de Carlos Alberto de Nóbrega, a ex-jornalista da CNN Brasil relatou que atualmente o perigo é muito maior em uma manifestação. “Já fui cobrir manifestação em que os manifestantes bradavam contra a Globo e quiseram me agredir. Fizeram com o Caco Barcellos também. Nada é comparado com o que acontece hoje e nessa época que eu fiz muita reportagem de rua, eu fui em todo tipo de lugar, eu entrei em favela do Rio de Janeiro, favela de São Paulo e sempre sem nenhum problema”, disse.
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“Hoje eu não sei como… Vejo os meus colegas vivendo um momento mais tenso do trabalho na rua. Antes as pessoas tinham uma consciência que estávamos ali para servir. Hoje elas tem um discurso que a imprensa manipula e não é o repórter na rua que manipula. Eu lamento que as pessoas estejam ameaçando, agredindo, quebrando câmeras e isso é lamentável”, afirmou.
Carla Vilhena detalhou que os repórteres na rua não são responsáveis pela notícia e considerou os trabalhadores o elo mais fraco. “Você tá pegando o elo mais fraco da cadeia. Ninguém tá ali com poder de decisão. Se existe alguma manipulação, você tem o direito de acreditar, mas quem tá trabalhando são pessoas que estão ali obrigadas. Cada um dos nossos colegas está fazendo o melhor de si”, pontuou.
