Um dos pupilos de Marcelo Rezende (1951-2017), Geraldo Luís revelou em suas redes sociais como era o comunicador dentro e fora da tela da TV. O contratado da Record relatou que recebeu uma bronca em que o colega disse a ele para voltar para a cidade em que nasceu e entender que ele fazia televisão.
“Certa vez quando nós terminamos um programa ao vivo, ele me falou o seguinte: ‘Oh, volta para Limeira. Fica lá e compra uma câmera lá e fica. Da próxima vez que você falar o que falou aqui, você nunca mais vai pisar aqui’. Ele me chamou na ilha de edição e falou: ‘volta a fita aqui, vamos dar uma olhada nisso daqui. Isso aqui não é rádio, isso aqui é televisão. Quando você estiver falando isso, você fala olhando para a câmera’. Mas, ele falou isso para mim aos berros”, disse o apresentador.
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O contratado da Record relatou que para ele foi um aprendizado. “Eu agradeço até hoje porque ele estava certo. Como faz falta a escola Marcelo Rezende. Não estou falando nem do amigo, eu estou falando do profissional. Hoje saiu daqui um ex-produtor que trabalhou com ele e que se tornou diretor. ‘Eu só me tornei diretor porque o Marcelo cobrava duramente como um pai cobra um filho que ama”, afirmou.
Geraldo Luís destacou que Marcelo Rezende era extremamente duro com todos. “Ele foi o maior, não é nem professor, ele era um troglodita abençoado. Era um cavalo que era uma doçura. Poucas pessoas entendiam… ‘ah… ele é mal-educado e diziam que ele era descontrolado. Era o jeito dele”, disse.
“Como tantas vezes que eu escrevia um texto, ele rasgava. ‘Ou você aprende a escrever e a roteirizar, ou você não vai fazer essa matéria. As pessoas falavam que cara arrogante, mas não era arrogância. Era o estilo próprio dele, a forma dele cobrar, era o jeito dele. A forma como ele tratava era aquela forma bruta, mas ele não era somente isso. Ele não era só aquela pedra bruta que todos só viam que era pesada. Aquela pedra bruta era um diamante na amizade, um cara que valorizava e que sabia valorizar um bom profissional”, detalhou.