Mateus Solano relembrou um dos papéis com maior destaque na carreira dele que foi o Félix, em Amor à Vida (2013). O papel que alçou o ator ao grande estrelato foi uma quebra de paradigmas na televisão. O artista declarou que a “bicha má” foi o primeiro vilão gay da televisão brasileira.
“O Félix foi um caso de amor com o público. O beijo gay aconteceu por exigência do Brasil. Imagina se a Rede Globo… não só a Globo… Toda empresa vai querer aquilo que dê retorno para ela. Perguntavam sobre o beijo gay e eu cheguei a dar um beijo gay em uma série que não foi ao ar”, afirmou ele em conversa com o Flow Podcast.
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Ao relembrar o papel na novela da Globo, o ator pontuou que o Brasil inteiro exigiu o beijo no Carneirinho (Thiago Fragoso). “[Amor à Vida] foi uma novela que em determinado momento a paixão pelo personagem e depois pelo casal Félix e Carneirinho, que até o cara mais machão falou: ‘pô, não vai beijar aquele cara não?’. Entendeu? O Brasil inteiro estava esperando e exigindo. Então foi uma pressão. O público pressionou a empresa que estava produzindo a novela a ponto de a empresa ir para a frente, evoluir. Ótimo. A gente precisa de mais coisas dessas”, disse ele
Mateus Solano pontuou que pediu para Walcyr Carrasco que não fizesse mais galãs. “Isso aconteceu por uma união das pessoas e das mais preconceituosas que estavam se amarrando na novela e tinha muito humor no Félix. O convite veio por eu ter dois trabalhos com o Walcyr Carrasco e no anterior… Eu falei que não queria mais fazer nenhum galã. Foi o primeiro vilão gay da televisão brasileira. Meu grande medo era vilanizar o homossexual, ele tinha muito humor. Eu tinha medo de ser colocado nesse lugar de só fazer papel de galã”, declarou.