EM ENTREVISTA

Antonio Fagundes fala de mudança nos contratos com a Globo

Foto de Antonio Fagundes
Antonio Fagundes falou sobre mudanças contratuais da Globo (foto: Reprodução/Internet)

Demitido da Globo em setembro de 2020, Antonio Fagundes opinou sobre os novos contratos da emissora. O ator trabalhou na empresa por 44 anos e relatou que os tempos mudaram e agora existe a brincadeira de que os artistas vivem desempregados. “O ofício mudou”, contou.

“Eu fui ficando mais maduro, mais velho, mas a profissão tem uma vantagem: sempre vai ter um bruxinho velho para fazer, então, a idade não interfere tanto no desempenho. Mas o ofício mudou. Durante quatro ou cinco décadas, os atores tiveram uma certa estabilidade, que a TV proporcionava com contratos de longa duração. Agora, voltamos à época em que brincávamos que vivíamos sempre desempregados! A gente chama isso de liberdade”, detalhou em conversa com a Caras.

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O veterano falou sobre o governo e a cultura. “Houve um projeto de governo de desmanche não só cultural, mas também na saúde, educação, segurança, meio ambiente… mas não conseguiram muita coisa! A gente se reergue e, diante disso, brinco que sou um realista esperançoso. Vamos ficar cada vez melhores”, declarou.

Em cartaz com a peça Baixa Terapia, Antonio Fagundes falou sobre a percepção que tem sobre a plateia. “A plateia gargalha o tempo inteiro e isso faz falta. A gente precisa dar boas risadas diante das coisas terríveis que vêm acontecendo com o país”, disse. Recentemente, ele se envolveu em uma grande polêmica ao não permitir que pessoas entrassem atrasadas. “Tenho certeza de que essa postura em relação à pontualidade tem apoio de 99% dos frequentadores de teatro. Tanta certeza que continuarei fazendo pelo resto da minha vida”, concluiu o ator.

O artista já havia se manifestado sobre a polêmica dos horários. “Eu me sinto até desconfortável de falar sobre isso, porque é como se a gente tivesse que explicar para as pessoas o que significa a palavra ‘começa’. Se uma peça começa às 20h, a pessoa não pode chegar no teatro faltando dois minutos para às 20h e achar que ela está no direito de atrapalhar as outras pessoas”, pontuou.

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