Gabriela Loran atuou como Luana em Cara e Coragem e deu detalhes de como tem sido atuar em papéis de destaque na televisão brasileira. A artista afirmou que tem sido muito grata pelo que vem colhendo nas histórias da Globo. “Eu persisti, eu persisto e luto todos os dias, para mudar essa realidade de pessoas como eu”, afirmou.
“Em Cara e Coragem também troquei com uma outra mulher preta em lugar de destaque em cena, com a personagem de Taís Araujo. Estou muito grata às coisas que vêm acontecendo na minha vida e na história da teledramaturgia brasileira, mas também entendo que a assim como a diretora Natália Grimberg falou, é mérito meu e do meu talento”, disse ela em conversa com a Quem. “O que nos falta é oportunidade, porque talento a gente tem. Sou a prova disso e não é egocentrismo. É a realidade”, disse.
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Além do papel na novela das sete da Globo, a atriz atua em Arcanjo Renegado, do Globoplay. “A Giovana foi um grande presente para mim, porque na história da TV brasileira, nunca tivemos uma personagem trans nesse escalão, chefe da presidente de gabinete da Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro). Isso é fazer história. Isso é colocar pessoas pretas e trans em personagens de poder. Não é só dar oportunidade, é dar a chance de protagonismo. Quando me chamaram, eu já sabia que a Giovana ia ser minha”, pontuou.
“E o mais importante é que ela é trans, mas ser trans não é o enredo dela. Isso é muito importante, porque humaniza nossos corpos transexuais. Todo mundo espera que a história dela seja sobre usar o banheiro feminino ou masculino, transfobia, que são assuntos muito importantes, mas não podemos nos resumir só a essas questões de luta. A gente também tem uma história de vida por trás”, concluiu Gabriela Loran.