JADE SASSARÁ

Atriz de Mar do Sertão sofre transfobia em jantar e lamenta: “Travesti não tem paz”

Foto de Jade Sassará, que está em Mar do Sertão
Jade Sassará revelou que foi vitima de transfobia em restaurante (foto: Reprodução/TV Globo)

A atriz Jade Sassará, que está no elenco da novela Mar do Sertão, da Globo, usou as redes sociais para revelar que sofreu transfobia em um restaurante no Rio de Janeiro. Na publicação, a artista desabafou e disse que foi tratada no pronome masculino pela segunda vez no mesmo local. “Travesti não tem paz nesse Brasil, né?”, lamentou. “Nem quando a gente tenta se dar um mimo, se levar pra jantar, fazer um programinha gostoso. Não tem como”, ponderou.

“É a segunda vez que venho nesse lugar aqui, porque tem uma comida que eu gosto. Não vou deixar de frequentar lugares que eu quero ir, que tem coisas que eu quero consumir, que eu quero viver”, desabafou. Jade ainda lembrou essa é a segunda vez que isso acontece no mesmo restaurante, e que o comportamento veio de pessoas diferentes. “Não é nem pela mesma pessoa. É foda, a gente não consegue viver um momento tranquilo, um momento de prazer sem passar raiva”, relatou a atriz, que aproveitou o desabafo para fazer um pedido a rodas as pessoas.

“Cisgêneros do Brasil e mundo, se responsabilizem pela violência. A transfobia está na mão de vocês. Parem de jogar essa responsabilidade na nossa mão”, completou. Pouco depois, surpresa com a repercussão da seu desabafo, Jade Sassará voltou a comentar sobre o assunto. “É impressionante como a única coisa que engaja nessa terra é a violência. Só falando de desgraça a gente tem alcance”, afirmou a atriz de Mar do Sertão.

“No mês da visibilidade quase não vi matérias de pessoas trans falando sobre trabalho, conquistas e perspectivas de vida. Inclusive no dia 29 de janeiro, o dia da Visibilidade Trans, eu vi muitas amigas desesperadas, pedindo pix até pra se alimentar. Seguimos com expectativa de vida baixíssima, de 35 anos. Seguimos praticamente sem espaço para mercados de trabalho. E quando temos algum acesso a esses espaços, temos que sofrer diversas violências e ainda sermos empática.”, lamentou a artista.

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