O apresentador Marcos Mion fez duras críticas ao Governo de São Paulo, após o atual mandatário Tarcísio de Freitas (Republicanos) vetar um projeto de lei que auxiliaria pessoas com o Espectro Autista. Na justificativa, foi apontado que o autismo pode “deixar de existir”. “Diagnosticado precocemente até os cinco anos e onze meses de idade, [o autismo] é mutável, podendo mudar tanto de gravidade como até mesmo deixar de existir”, afirma um trecho da decisão do político do Republicanos.
Em suas páginas na internet, Mion afirmou que a decisão do governo paulista é um desserviço. “É um dos maiores desserviços que já vi na minha vida. Isso é um absurdo. Que tristeza ouvir isso. Ainda mais depois de tantos anos falando de autismo em todos os microfones que consigo”, disse ele, deixando claro que o autismo não é uma doença. “Que fique claro, autismo não é doença, governador, e por isso não tem cura. Não é igual uma dor de cabeça, que você toma um remédio e já era”, alertou.
O artista ainda criticou o fato do politico ter vetado o projeto de lei sem consultar ninguém da área ou um especialista sobre o assunto. “Podem existir outras mil desculpas pra não aprovarem esse PL, mas essa que deram é lamentável. Sem nenhum tipo de embasamento, sem consultar ninguém da área, nenhum especialista”, desabafou o comunicador, afirmando que a decisão se baseou apenas em uma indicação da Secretaria de Saúde do Estado.
“Vale lembrar que foi a Secretaria de Saúde que indicou ao governador essa resposta mentirosa, negacionista, que acaba influenciando milhões de pessoas de forma negativa. Vai diretamente contra a aceitação, que é o que a gente batalha tanto pra acontecer”, destacou Marcos Mion, que é pai de Romeo Mion, de 17 anos, portador do Transtorno do Espectro Autista.