Patrícia França atuou em Renascer (1993) e comentou sobre o remake da novela de Benedito Ruy Barbosa. A artista declarou que não concorda totalmente com as produções de grandes clássicos da televisão e pontuou que tem ciúmes da trama. “Não deixo de ficar com uma pontinha de ciúme, é óbvio”, contou.
“Não discordo inteiramente dos que dizem que não se deve mexer nos clássicos, e talvez resida aí um pouco do meu ciúme. Existem coisas que deveriam permanecer intocadas. Aqueles primeiros capítulos de Renascer foram realmente muito especiais. Tentar repetir aquilo seria como fazer a imitação de uma obra de arte, que é exclusiva, inédita, única. Uma réplica não tem o mesmo valor. No entanto, estamos falando de televisão. É um outro veículo, uma outra maneira de se fazer arte”, pontuou em conversa com o NaTelinha.
Na trama, Patrícia França interpretou Santinha. “O Benedito é um grande contador de histórias e joga para a cena temas muito pertinentes, como, no caso da Maria Santa, o abuso sexual e a repressão feminina. O remake pode dar muito certo, e torço para que dê. Só não sei se vai ter a mesma magia que teve a primeira versão. Tomara. É preciso que se escolha o diretor certo, e acho que seria o Luiz. O sucesso de Renascer se deu muito pelo texto incrível do Benedito e pela direção impecável e sensível do Luiz Fernando Carvalho”, afirmou.
Questionada sobre a ideia dos remakes em que a Globo tem investido, a atriz exaltou Manuela Dias. “Não acho que faltam boas histórias, porque tem gente boa escrevendo. Exemplo disso é a Manuela Dias, que escreve Justiça. Como é bom o trabalho dela! Você não consegue parar de ver… É algo fora do comum. Tem gente muito talentosa escrevendo, então não faltam boas histórias, mas talvez faltem boas escolhas”, concluiu.