Pedro Lamin, no ar em Mar do Sertão como Maruan, contou detalhes do início da carreira e relatou que recebeu um conselho de Fernanda Montenegro para não desistir da vida como ator. O artista afirmou que não foi um início fácil e pontuou que recebeu inúmeros “nãos”.
“Quando olho ao longo da carreira, devo ter feito 100 testes e recebido uns 85 ‘não’. E dos “sim” que recebi, vários caíram por terra, fui aprovado e não vieram atrás. É uma carreira que você tem que querer muito. A Fernanda Montenegro fala isso, quando pedem pra ela dar dica para algum ator: ‘Volte, e se você não conseguir fazer outra coisa, se não encontrar mais nada que possa fazer com mais amor, aí você volta e mantém a carreira’. Quando fiz a minha primeira peça, entendi que nada na minha vida eu poderia fazer melhor do que contar histórias”, afirmou.
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O ator da Globo afirmou que chegou a cogitar desistir da carreira na dramaturgia pela dificuldade. “No final de 2019, eu pensei, pela primeira vez, em largar a carreira. E aí, decidi sair da minha empresária da época. E nesse processo, outro empresário me procurou, o Pedro Tourinho, uma pessoa fantástica, com uma visão de mundo que admiro muito. Ele me ligou e disse que queria aumentar a agência e que eu era o primeiro ator que ele pensou”, relatou.
Pedro Lamin destacou que o empresário fez com que ele saísse de uma grande dificuldade. “Já falei para ele que me tirou da lama, eu estava com a lama no pescoço, só com a mãozinha pra fora. Hoje, quem está à frente da minha carreira é o Jonas Araujo, que estava com o Tourinho e que também me ajudou muito nessa época. Eles me ajudaram a organizar a minha carreira e a acreditar. E de fato comecei a acreditar com eles”, disse.
“Foram 10, 11 anos acreditando que ia chegar um Maruan, de Mar do Sertão. Consigo enxergar cada tijolo da minha carreira. Mesmo tendo todos os privilégios de ser um cara branco, hétero, de uma família de classe média e com acesso à cultura, ainda assim, sei a dificuldade que passei para chegar ao Rio de Janeiro sozinho. Eu sou de Petrópolis, que apesar de ser perto, tem uma outra cabeça. Chegue no Rio de Janeiro e trabalhei como garçom, vendedor, conheci muita gente… Mentalizei muito um personagem como o Maruan”, detalhou.