Márcio Kieling, ex-ator da Globo que atuou em novelas como Malhação (1997), Desejos de Mulher (2002), Sol Nascente (2016) e Pega Pega (2017) encontrou uma nova fonte de renda durante a crise sanitária. Sem conseguir trabalho na televisão, uma vez que as produções foram interrompidas, o artista atualmente se dedica ao mercado financeiro. Ele se tornou investidor e é contratado de uma corretora. “Eu faço day trade, que são investimentos de um único dia. Desde que comecei, passei a falar sobre o assunto nas minhas redes. O pessoal da corretora viu, e acabamos fechando uma parceria. Eu sou um influencer deles, com o papel de popularizar e desmistificar o tema”, explica.
Em entrevista para a coluna da jornalista Patricia Kogut, de O Globo, o ator diz que um dos mitos é de que é possível ganhar dinheiro fácil no mercado: “Muitos mentores vendem essa falsa ilusão de que existe mágica e que o dinheiro é fácil. Principalmente durante a pandemia, muita gente, desesperada, acabou embarcando nessa e perdeu dinheiro. Quando estamos falando de renda variável, estamos falando de ganhar e de perder. Não é só glamour. É um mercado de alta performance, em que você precisa alinhar técnica, gestão de risco e a parte emocional”, detalha.
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Márcio Kieling conta que os ganhos no ramo são compatíveis com o esforço. “É uma profissão como qualquer outra. A diferença é que nessa área você depende só de você, ao contrário de outras, como a artística. Quanto mais você se dedica e estuda, mais você ganha. Eu não vivo só do que ganho no mercado financeiro hoje. Mas é uma forma de eu ter outra fonte de renda”, diz ele. Apesar de não fazer novelas desde 2017, quando atuou em Pega Pega, ele garante que não abandonou a vida artística.
“Eu adoraria poder emendar uma novela na outra. A questão é que o nosso mercado está cada vez mais competitivo e as oportunidades, mais difíceis. Nós [artistas] temos que lidar com isso e arrumar uma forma de não ficar dependendo apenas do setor”, afirma. Ele conta que enfrentou uma crise por causa disso, mas que o nascimento do filho Lucas, de 4 anos, mudou sua vida completamente. “Quando o Lucas nasceu, eu estava no pior momento da minha carreira e da vida financeira. E a chegada dele, sem dúvidas, foi o acontecimento mais incrível da minha vida. Isso provou para mim que não adianta a gente ficar planejando a hora certa para ser pai. Eu fui com 40 anos, porque posterguei muito tempo”, completou.
