Demitido após 24 anos na Globo, Jota Júnior relatou que passou por momentos muito difíceis durante a crise sanitária. O comunicador declarou que muitas vezes chegou até a portaria da emissora carioca, mas não conseguiu entrar e ficava no estacionamento da empresa.
“Eu tive síndrome do pânico. Quanta gente não teve depressão? Até hoje temos os efeitos da crise sanitária. Eu tive. Quando nós voltamos a transmitir, e ainda não tinha acabado totalmente, eu não conseguia mais fazer o meu trabalho. A gente ia para os estúdios, porque não podia ir para o estádio, por causa da contaminação”, contou o comunicador.
“Quantas vezes eu chegava na portaria da Globo e não conseguia entrar. Quantas vezes eu entrava com o meu carro, ficava no estacionamento, e não conseguia sair do lugar. É uma coisa que só quem passou que sabe como isso realmente pega a gente”, afirmou Jota Júnior.
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Como um eterno segredo de jornalistas esportivos, o narrador revelou que é palmeirense. “Sou palmeirense, mas eu diria até que sou um simpatizante do Palmeiras. É diferente um simpatizante de um torcedor, pois o torcedor sofre, né? É aquele que chuta a cadeira, a mesa, quando o time perde. Eu nunca fui assim. Eu ficava nervoso e tenso quando o Rio Branco de Americana perdia”, detalhou em conversa com a Rádio Kiss.
Nas redes sociais, o comunicador lamentou a demissão. “No mês em que completo 24 anos de casa, estou deixando o SporTV. Acabo de ser comunicado. Pouco a dizer. É virar a página e seguir de cabeça erguida como faço na profissão há mais de cinco décadas. Agradeço a todos que me acompanharam nesse tempo todo. E que outras portas se abram”, disse ele.