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PLATAFORMA DE VÍDEOS

Depois de jornalistas, Globo segue cortando gastos e demite faxineiras do Globoplay

Imagem com foto de Regina Casé como a vilã Zoé em Todas as Flores, novela original do Globoplay; jornalistas da Globo foram demitidos
Regina Casé interpreta a vilã Zoé em Todas as Flores, novela original do Globoplay; plataforma também fez demissões de funcionários (foto: Globo/Manoella Mello)

Nem a plataforma de streaming da Globo escapou da onda de demissão em massa de funcionários. Depois de dispensar jornalistas e funcionários do setor de esportes, foi a vez do Globoplay realizar cortes de gastos. Segundo informações divulgadas, a empresa desligou na quarta-feira (12) cerca de 16 colaboradores que atuavam na produção de conteúdo do aplicativo de vídeos do canal. A justificativa é a mesma dos outros setores: os contratados tinham altos salários, recebiam bônus salarial e contavam com planos de saúde diferentes.

O que você precisa saber

  • Depois de dispensar jornalistas e funcionários do esporte, a Globo decidiu demitir até mesmo as faxineiras do Globoplay;
  • Uma mesma profissional está tendo que limpar três andares da empresa depois da nova onda de demissões;
  • Outros cortes na plataforma de streaming da líder de audiência devem acontecer até o final de maio.

Segundo o UOL, novas demissões devem acontecer no Globoplay até o fim de maio. Além dos produtores de conteúdo, as equipes de limpeza e manutenção também foram reduzidas nas instalações do Rio de Janeiro. “Até mesmo a faxineira, que era uma por andar, foi reduzida, e agora é uma para limpar três andares”, disse uma fonte da publicação. Conforme publicado pelo TV Pop nesta quinta (13), na Globo de São Paulo diversos funcionários estão apontando insalubridade nos refeitórios, que são de responsabilidade de uma empresa terceirizada. Eles já depararam com percevejos em suas refeições e até mesmo larvas nos cafés.

Paulo Marinho, diretor-presidente da Globo, indicou em comunicado interno sobre os resultados de 2022 que as mudanças internas devem continuar. No ano passado, a rede teve aumento de custos de R$ 660 milhões mesmo após anos de cortes de gastos. O motivo, além da inflação, é que para demitir a empresa também tem os custos com a rescisão contratual de funcionários com décadas de casa. “Apesar de termos alcançado uma melhora, fechamos o ano com resultado negativo”, disse o herdeiro do conglomerado de mídia dias antes da demissão de dezenas repórteres, apresentadores, diretores, chefes, editores e produtores experientes.

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“Um cenário que exige uma atuação ainda mais conectada com nossos objetivos de conduzir a empresa para um futuro sólido e sustentável, revisitando custos, adotando novas práticas e tomando decisões assertivas e alinhadas à nossa estratégia”, afirmou. “Este exercício precisa ser contínuo e se mostra necessário neste e nos próximos anos. Assim, seguiremos firmes na construção de uma Globo ainda mais eficiente, competitiva e relevante para a evolução da sociedade e do país”, complementou o executivo. A Globo tem divulgado um comunicado padrão para justificar as saídas de jornalistas e funcionários em geral:

A Globo, assim como as demais empresas de referência do mercado, tem um compromisso permanente com a busca de eficiência e evolução, mas lamenta quando se despede de profissionais que ajudaram a escrever e a contar a sua história. Isso, no entanto, faz parte da dinâmica de qualquer empresa. Os resultados da Globo refletem a boa performance do conjunto das suas operações e uma constante avaliação do cenário econômico do país e dos negócios. Como parte do processo de transformação pela qual vem passando nos últimos anos e alinhada à sua estratégia, a empresa mantém a disciplina de custos e investimentos em iniciativas importantes de crescimento.

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