A Globo preparou o especial Falas da Terra que irá ao ar nesta segunda-feira (17) antes do Jornal da Globo. A ideia da emissora é destacar o Dia dos Povos Indígenas, comemorado em 19 de abril. A atriz Glaucielly Gomes de Castro é uma das três atrizes do projeto e viveu até os seis anos em comunidade indígena da etnia Makuxi. A jovem foi encontrada pela empresa pelas redes sociais.
O que você precisa saber
- Escolhida pela Globo para participar de Falas da Terra, Glaucielly Gomes de Castro achou que pudesse estar sofrendo um golpe;
- “Pensei que pudessem ser um desses golpes de me levarem para o estrangeiro, como vi em Salve Jorge“, afirmou;
- Ela foi encontrada pela líder de audiência nas redes sociais e só aceitou viajar se sua irmã pudesse ir junto;
- Falas da Terra homenageará o Dia dos Povos Indígenas, comemorado em 19 de abril.
“Foi assim que a Letícia Naveira [produtora de elenco da Globo] me encontrou. Pensei que pudesse ser um desses golpes de me pegarem e levarem para o estrangeiro, como vi na novela Salve Jorge [trama que fala sobre tráfico de pessoas]. Falei que só viria (para o Rio) se minha irmã me acompanhasse. Eu nunca tinha saído do meu estado, e foi meio assustador”, disse Ellie Makuxi, nome artístico de Glaucielly, ao Extra.
Estreantes na televisão, as três jovens atrizes indígenas têm raízes nos povos originários Makuxi, em Roraima e Mato Grosso do Sul, e Pataxó, do Sul da Bahia. As três passaram por um processo de seleção e preparação. Luisa Lima, diretora artística, relatou que os episódios exigiram uma grande elaboração. “Gravamos no Rio de Janeiro e o episódio Pintadas exigiu um trabalho minucioso”, afirmou.
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“Desde a pesquisa e ensaios de um elenco indígena inédito no audiovisual até a busca de locações que formassem as muitas situações de natureza presentes na história. Fizemos storyboard do episódio inteiro e usamos recursos de computação gráfica para dar vida a um personagem muito significativo na história, entre outras paisagens”, explicou.
Falas da Terra foi criada e escrita por Renata Martins, Grace Passô e Jaqueline Souza. A produção relata questões como a preservação do meio ambiente, a violência contra a mulher e a ancestralidade. Além disso, autoras e diretora foram em busca de representatividade por trás das câmeras. “Nós queremos que o público assuma o ponto de vista das protagonistas e que as histórias provoquem ondas de sentimentos e questionamentos”, declarou Renata Tupinambá, roteirista.