A Globo demitiu na última quinta-feira (13) o jornalista Maurício Noriega, que atuava como comentarista em transmissões de futebol com times paulistas no SporTV, após 21 anos de contrato. O comunicador afirmou que recebeu mensagem por um aplicativo e, desde então, passou a ter certeza que seria dispensado pela empresa.
O que você precisa saber
- Dispensado pela Globo na semana passada, Maurício Noriega revelou os bastidores de sua demissão;
- Ele afirma ter recebido uma mensagem por um aplicativo marcando uma reunião sem explicação alguma;
- O comentarista esportivo passou a procurar seus gestores, mas acabou sendo ignorado;
- “A pessoa não me atendeu. Não sou mais criança, vocês vão me demitir. Pra quê me pendurar até o dia da reunião?”, questionou.
“O que foi mais triste para mim, nesse aspecto, porque a empresa pode demitir quem ela quiser, é um direito da empresa. Mas, acho que você tem que ter um comportamento correto, um gestor o chefe, o líder de verdade tem que ter um comportamento correto com a pessoa e ser franco, direto. Mandaram uma mensagem, depois de 21 anos de trabalho, dizendo que tinha uma reunião na quinta-feira”, declarou.
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O ex-narrador da Globo relatou que tentou se comunicar com os gestores, mas não conseguiu e pontuou que logo sabia da demissão. “Eu liguei pra pessoa, ela não me atendeu. E eu falei, não sou mais criança, vocês vão me demitir. Pra quê me pendurar até o dia da reunião?”, disse ele em conversa com o podcast Tomando Uma Com.
Em conversa com o UOL, Noriega se mostrou aliviado pela demissão da Globo porque se sentia infeliz no ambiente de trabalho da companhia há pelo menos cinco anos. “Ninguém gosta de receber a notícia da demissão, porque eu estava há anos no SporTV e sou muito grato e muito feliz por isso. Já estava esperando há um bom tempo desde que mudou a direção. Eu não estava feliz há um bom tempo. Eu estava trabalhando triste há algum tempo. De certa forma, eu me sinto aliviado por não trabalhar triste”, disse.
O jornalista relatou que o clima nos bastidores entre os colaboradores da empresa está naturalmente ruim após a sequência de demissões nos últimos meses. “As pessoas estão com muito medo e é normal”, disse ele. “As coisas mudaram muito na direção do Esporte, e eu fiquei muito triste com as mudanças. Hoje eu digo que meu espírito já tinha ido embora, o corpo, agora que partiu. Não é um clima bom. É algo diferente do que eu vivi em 2018. Depois que mudou a direção, perdeu-se um pouco da alegria que a gente tinha”, explicou.
