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Ex-contratada da Globo, Izabella Camargo comenta demissão em massa

Foto de Izabella Camargo
Izabella Camargo falou sobre demissão em massa da Globo (foto: Reprodução/Globo)

Izabella Camargo foi demitida da Globo em 2018 e reintegrada por decisão judicial em 2019. Pouco tempo depois, a comunicadora saiu com um acordo da emissora carioca. Após três anos e um processo milionário, a jornalista afirmou que se negligenciou para entregar o que a emissora pedia e comentou a demissão em massa que ocorreu no canal.

O que você precisa saber

  • Fora da Globo há quase quatro anos, Izabella Camargo avaliou o atual passaralho promovido pela rede;
  • “Eu me pergunto quantas dessas pessoas já estavam observando os movimentos externos”, afirmou a jornalista;
  • Ela ressalta que o conceito de estabilidade não existe mais e diz que descobriu isso involuntariamente.

“Todo lugar com o prestígio que a Globo tem faz você se negligenciar. Quando seu corpo está doendo, ou quando uma dor te acomete, você vai se anestesiando, vai buscando vitamina, tomando café e energético. Fiz muitas consultas para continuar trabalhando bem. Trabalhar na Globo foi muito legal. Aprendi demais. Foi legal demais trabalhar lá. O burnout que eu tive lá poderia ter acontecido em outro lugar com as mesmas características”, pontuou ela em conversa com o UOL.

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Na época, a jornalista foi dispensada da emissora líder após voltar de uma licença por síndrome de burnout. A principal causa da doença, segundo informações do Ministério da Saúde, é justamente o excesso de trabalho. “Fiquei um ano sem dirigir. Fiquei meses sem compreender um texto. Ou uma mensagem. Recebi uma mensagem pelo WhatsApp e não consegui compreender o que estava escrito ali”, relatou.

Questionada sobre a demissão em massa que demitiu grandes nomes da Globo, a apresentadora pontuou que esse movimento acontece por uma mudança do mercado. “Não estava preparada para ser demitida quando voltei de licença médica. Quem estaria? Ninguém. Quando vejo demissões em massa, eu me pergunto quantas dessas pessoas já estavam observando os movimentos externos. É uma atualização de identidade. Se o mercado muda, o produto muda e as pessoas que fazem também podem mudar”, declarou.

“Se nós somos a geração, a primeira geração, depois de uma, que ouviu que chegar em determinados lugares seria sinônimo de estabilidade, precisamos dizer que isso não existe mais. Não, é só um ponto de passagem. Descobri isso de forma involuntária. Estou vivendo a melhor fase da minha vida porque tenho consciência do impacto da minha mensagem para a prevenção de qualquer perda que os excessos vão provocar”, disse Izabella Camargo.

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