A Globo decidiu tomar uma atitude para entender a crise de audiência e recepção ao Big Brother Brasil 23. Na última quinta-feira (20), usuários da plataforma de streaming Globoplay foram surpreendidos com uma pesquisa por e-mail com perguntas sobre o reality de confinamento comandado por Tadeu Schmidt. O questionário pede a opinião do público a respeito das questões abordadas na temporada e se os telespectadores acompanharam toda a edição, que termina na próxima terça (23).
O canal líder fez duas perguntas que chamaram atenção nas redes sociais. A companhia quis saber se os fãs do formato ficaram satisfeitos com a forma como discussões de temas sociais como racismo, machismo e intolerância religiosa foram tratados pela produção. Outros elementos presentes no enredo da edição, como casais (reais ou fictícios), brigas e conflitos também foram citados no levantamento. Em um microblog, usuários que responderam à pesquisa revelaram que não pegaram leve na hora de enviar as respostas.
Leia mais: Boninho deixa público revoltado e BBB tem segundo pior ibope de toda a história
Leia mais: Globo demite executiva após 23 anos e corta investimento em pesquisa
“Respondi de tarde isso. Esculhambei os caras”, escreveu uma conta em uma publicação. “Os caras meteram ‘o que você acha de discussões de temas sociais’. Porr@, não é pra achar, sabe. Se essas discussões tão sendo feitas é porque se fez necessário. Ninguém fala de racismo simplesmente por esporte”, criticou outro perfil. “Só dei 10 para o Paulo Vieira e deixei toda a minha revolta onde podia escrever”, detonou outra telespectadora. “Eles precisam controlar o sistema de votação de forma que impeça robôs de votarem. É muito injusto uma fanbase orgânica concorrer com um algoritmo que consegue fazer 500 votos por minuto”, analisou outro perfil.
Conforme publicado pelo TV Pop nesta quinta (20), a Globo demitiu Giani Scarin, chefe de Conhecimento do Consumidor, após 23 anos na empresa. Depois de fazer cortes de funcionários em áreas como Jornalismo, Esporte, Entretenimento e Tecnologia, a companhia também deu início ao processo de reestruturação financeira na área responsável por pesquisas. Com a decisão, a empresa deve reduzir os estudos de conhecimento dos hábitos dos telespectadores brasileiros, cujo departamento era liderado pela antiga executiva.
A Globo também demitiu outros seis funcionários do setor de inteligência de mercado. O critério utilizado é o mesmo das outras áreas: deixa a emissora quem recebe altos salários e tem mais tempo de casa. De todos os demitidos, Giani era a que estava há mais tempo contratada do canal do conglomerado de mídia. Ela atendia demandas das áreas executivas, marketing e comercial da TV aberta, além dos canais da TV por assinatura como SporTV e Multishow.