Quase dois anos após pedir demissão da Globo, Tiago Leifert comentou sobre o corte que a emissora vem aplicando em vários setores. O comunicador alfinetou a empresa ao pontuar que não tem sido uma “reestruturação financeira” e sim uma “reestruturação de linguagem”. O ex-apresentador do canal carioca declarou que vê poucos nomes de chefia sendo demitidos.
O que você precisa saber
- Sem vínculo fixo com a Globo há quase dois anos, Tiago Leifert avaliou as demissões promovidas pela rede;
- Ele acredita que o canal não está se reestruturando financeiramente, e sim mudando a sua linguagem;
- “Os recados são mistos quando a gente olha a lista“, justificou o jornalista esportivo.
“Acho que qualquer um de nós, se estivéssemos sentados na cadeira, com chapéu de decidir, teríamos feitos cortes na carne. Eu só acho que o entendimento, olhando as manchetes de quem é desligado da empresa, estamos confundindo o que é reestruturação financeira com reestruturação de linguagem, porque os recados são mistos quando a gente olha a lista”, disse ele em uma rede de vídeos.
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O ex-apresentador da Globo pontuou que nomes da reportagem foram demitidos e diretores não foram. “Vejo poucos nomes da chefia. E muitos da chefia são os que tem salário alto e alguns trabalham bem menos do que o pessoal que tá sendo desligado da empresa. Me causa estranheza”, afirmou. O jornalista comparou a “reestruturação” com os cortes que ocorrem em grandes empresas.
“Quando você vê cortes no Google tem de tudo. Os cortes são por posições. Eles retiram um departamento inteiro, vai embora desde o chefe até quem faz a limpeza daquele setor. É todo mundo. Eu acho muito curioso quando vejo a lista e percebo que tem gente lá enganando há 20, 30 anos e continua. Não acontece nada, porque são eles que assinam”, declarou.
Tiago Leifert trabalhou na emissora carioca por 15 anos e passou por inúmeros setores. “Eu fico com medo da qualidade, porque a reportagem é difícil, é um dom. Para cultivar uma fonte, é preciso tempo. Eu vi gente indo embora que tem muita fonte por ter anos de casa. Não sei quanto tempo os novos irão demorar para ter essas fontes como os que deixaram a empresa. Era gente que ligava para ligar no celular do governador, do prefeito. Isso leva tempo”, lamentou.