A volta do Linha Direta na Globo repercutiu nas redes sociais. Na noite de quinta-feira (4), a atração comandada por Pedro Bial falou sobre o Caso Eloá no primeiro episódio da nova temporada e mostrou um promotor dizendo que “uma apresentadora de televisão se colocou na posição de negociadora”, sem citar nomes. Na internet, os telespectadores imediatamente entenderam que o profissional estava falando sobre a apresentadora Sonia Abrão, que na ocasião entrevistou o sequestrador Lindemberg Alves ao vivo. Recentemente, a jornalista disse que “faria tudo de novo”.
O que você precisa saber
- Sonia Abrão e Ana Hickmann entraram no olho do furacão após a Globo falar do caso Eloá no Linha Direta;
- A líder de audiência relembrou, sem citar nomes, que apresentadoras de TV interferiram na operação policial;
- Sonia chegou a entrevistar o criminoso, enquanto Ana pediu para que ele acenasse para as câmeras da Record.
O público também relembrou que Ana Hickmann, apresentadora do Hoje em Dia, da Record, disse que o criminoso estava assistindo ao matinal e pediu que ele ou uma das vítimas acenasse para as câmeras pela janela do apartamento onde ocorreu o cativeiro. “Queria saber como a Ana Hickmann e Sonia Abrão dormem em paz sabendo que são diretamente responsáveis por atrapalhar uma das negociações mais tensas e transformar ela em um dos casos mais emblemáticos de assassinato televisionado da nossa história”, disse um perfil em um microblog.
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Nas redes sociais, internautas também citaram um episódio do A Tarde é Sua, da RedeTV!, em que Sonia Abrão entrevistou um advogado que disse torcer pelo casamento de Eloá Cristina Pimentel (1993-2008) e Lindemberg. “Espero que termine em pizza, com o casamento entre ele e a namorada apaixonada dele. Um rapaz quando se apaixona muitas vezes se desequilibra”, disse o defensor convidado. “Radicaliza mesmo, né?”, respondeu a titular do vespertino conhecido atualmente pela Roda da Fofoca. Após o término do novo Linha Direta, os perfis de Sonia e Ana Hickmann foram lotados por telespectadores criticando suas atuações na época do sequestro.
Sonia Abrão rebate críticas por cobertura: “Faria tudo de novo”
No mês passado, Sonia Abrão rebateu as críticas que recebeu por causa da cobertura do caso do sequestro que resultou na morte da jovem Eloá, em São Paulo, em 2008. Em outubro daquele ano, Lindemberg Fernandes Alves, então com 22 anos, invadiu a casa da ex-namorada, que fazia trabalho de escola com amigos, e a manteve em cárcere privado por cinco dias. Em um dos momentos mais críticos, o criminoso que foi condenado a 39 anos de prisão pediu para conversar com a titular do A Tarde é Sua após já ter concedido uma entrevista para a equipe da jornalista.
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“Sem dúvida, foi o momento mais dramático da minha carreira. Fui a única pessoa com quem ela falou, ainda no cativeiro, três dias antes de ser morta. Fiquei muito tensa e emocionada. Faria tudo de novo”, disse a comunicadora. Na época, a jornalista foi criticada pelas autoridades e veículos de imprensa, além de ser acusada pelos telespectadores de sensacionalismo. “Não tenho problema nenhum em me desculpar. Isto tanto na vida pessoal, quanto profissional. E faço de coração, nada a ver com o medo de ser cancelada, como acontece com muitos por aí”, disse.
“É comum acontecer com pessoas públicas, principalmente após o surgimento das redes sociais. Comigo não rolou, mas sou muito bem monitorada”, garantiu. Em fevereiro, Sonia Abrão comemorou 23 anos como apresentadora de televisão. Em entrevista ao UOL em 2014, Sonia Abrão contou como conseguiu conversar com Lindemberg Alves. “Nossa equipe estava atrás do telefone da casa da Eloá. Ligamos e ele atendeu. Aceitou falar e o repórter Luiz Guerra gravou a matéria. O Lindemberg assistiu ao programa e, quando nossa repórter ligou novamente, disse que queria falar ao vivo porque estava preocupado, não queria que o Brasil pensasse que ele era bandido”, detalhou a comunicadora.
“Estava apresentando o programa quando o diretor me avisou que o Lindemberg estava na linha. Com minha experiência jornalística, conversei com ele. E falei com a Eloá também. No meio da conversa, ele cortou e desligou. Todo mundo me assistiu, a polícia, a imprensa, o público”, disse a jornalista. Nayara Rodrigues da Silva, amiga de Eloá que chegou a ser liberada do sequestro e depois retornou para ajudar nas negociações, disse em depoimento no julgamento do sequestrador que a televisão do apartamento ficava ligada o dia inteiro para assistirem à repercussão do crime. “Só passava isso em todos os canais. Ele começou a se vangloriar, a se achar importante. Dava risada”, afirmou a vítima.