Conhecido pelos trabalhos na Globo e, principalmente, em A Grande Família (2001-2014), Pedro Cardoso se envolveu em muitas polêmicas. Fora da emissora, o ator não conseguiu engrenar em papéis na televisão e chegou a atuar fora do país.
O que você precisa saber
- Desempregado, Pedro Cardoso diz que o Brasil deixou de se interessar por seu trabalho após deixar a Globo;
- “Para comparecer aos programas da Globo, tem que ser ideologicamente submisiso. Eu teria que mentir muito“, desabafou;
- O eterno intérprete de Agostinho Carrara revelou que ganhou muito dinheiro enquanto esteve na emissora;
- “A Rede Globo, se o Brasil der ruim, não têm para onde ir“, sentenciou.
“Para comparecer aos programas da Globo, tem que ser ideologicamente submisso. Não vou lá para ouvir que o golpe militar de 1964 não foi um golpe, foi um movimento. Se me dissessem isso, falaria que não, que foi golpe. Vamos ver se o Pedro Bial vai me receber no programa dele, agora que tenho tanto teatro para divulgar. A Patrícia Poeta e o rapaz [Manoel Soares] — não lembro bem o nome — que trabalha com ela. Nunca vi o programa deles [o Encontro]. Só lembro quando era da Fátima Bernardes”, afirmou o artista em conversa com o UOL.
Politicamente ativo, o ator afirmou que o posicionamento político fez com que ele deixasse de receber propostas de trabalho. “O que falo desagrada todo o poder econômico. Eu teria que mentir muito, e seria muito conveniente para mim, porque talvez teria continuado recebendo algumas propostas de trabalho. Eu fiquei muito triste quando o Brasil se desinteressou do meu trabalho”, disse ele.
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Pedro Cardoso relatou que conquistou muito dinheiro enquanto esteve na Globo e trabalhou na televisão. “Eu ainda tinha muito o que fazer. Talvez não tivesse, mas eu tinha essa ilusão. E eu adorava ganhar o dinheiro. Eu cheguei a ganhar muito bem na televisão. É muito agradável, num país muito precário como o Brasil, ganhar muito dinheiro, porque você se protege um pouco da precariedade institucional”, pontuou.
O artista também analisou o cenário brasileiro. “Se o Brasil amanhã der ruim, [as plataformas de streaming] fazem as malas e vão embora, entende? A Rede Globo, se o Brasil der ruim, eles não têm para onde ir, igual todo brasileiro, você não tem para onde ir”, disse.