Com quase 30 anos de carreira, Catia Fonseca falou sobre as mudanças que ocorreram na televisão desde que ela entrou e pontuou que tem vivido uma grande transformação. A comunicadora pontuou que parece que são passos lentos no machismo e assédio, mas afirmou que vem de uma geração que as pessoas não sabiam como nomear.
O que você precisa saber
- Com quase três décadas de carreira, Catia Fonseca relembrou parte de sua trajetória na televisão;
- “Muitas coisas aconteciam. Era um comportamento natural, mesmo que causasse incômodo e estranheza”, refletiu a apresentadora;
- Ela ressalta que temas como machismo e assédio eram praticamente desconhecidos há 30 anos.
“Venho de uma geração que muitas coisas aconteciam e a gente não sabia que nome dar. Era um comportamento que se fazia natural, mesmo que causasse certo incômodo e estranheza. Porque a gente não tinha a oportunidade, como a gente tem hoje, de debater sobre assuntos como machismo e assédio. É um trabalho que a gente tem que fazer no dia a dia”, contou.
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A comunicadora pontuou que os homens falavam primeiro e depois ela tinha a oportunidade de falar. “Por muitas vezes, em várias reuniões, os homens falavam primeiro e só depois que a gente tinha a oportunidade de falar. É um modo automático, que sempre foi assim e ninguém nunca questionou. Só que, agora, a gente está questionando e reivindicando nosso espaço. Não está mudando na velocidade que deveria, mas está mudando. E é um trabalho que a gente deve fazer todos os dias”, relatou Catia Fonseca.
“Sou muito privilegiada por conta do meu trabalho, mas a gente vive em um mundo muito preconceituoso e machista. Muitos homens são aceitos no mercado de trabalho mais velhos. E isso não acontece com as mulheres. Tenho 54 anos e posso passar por isso. É importante saber como reagir e estar se sentindo segura, na medida do possível, caso isso venha a acontecer. Nós precisamos nos unir e se incentivar uma a outra”, afirmou.