Carmo Dalla Vecchia interpreta Érico em Amor Perfeito, novela das seis da Globo. O artista afirmou que foi chamado para o papel por ser homossexual e pontuou que a cena em que é flagrado saindo do quarto de Romeu Teles (Domingos Alcântara) o deixou desconfortável e constrangido pela sensação “de fazer algo errado”.
O que você precisa saber
- Intérprete de Érico em Amor Perfeito, Carmo Dalla Vecchia revelou que foi chamado para o papel por ser gay;
- “Ele tem uma similariade comigo pelo fato de eu ser gay. Quando a Duca me chamou pra esse personagem, eu fiquei feliz”, afirmou;
- O ator ainda revelou que uma das cenas do folhetim lhe deixou desconfortável pela sensação “de fazer algo errado”.
“Fui chamado pra fazer esse personagem que tem uma similaridade comigo pelo fato de eu ser um cara gay. Quando a Duca [Rachid] me chamou pra fazer esse personagem, eu fiquei feliz e com muita honra, porque já levanto muito essa bandeira da minha vida privada. E acho que esse personagem me ajudou a ter oportunidade de falar, de estar aqui, por exemplo, de falar sobre isso e ter voz”, relatou em conversa com o gshow.
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O ator revelou que a cena fez com que ele relembrasse de momentos que viveu. “Ali foi um constrangimento natural, que eu conheço, porque me acompanhou a vida inteira, e uma sensação de inadequação, de você estar errado. Confesso que foi difícil fazer porque o preconceito que esse personagem sofre me remete a uma série de questões que me levaram a momentos difíceis da minha vida. E, quando fui fazer essa cena, eu realmente fiquei constrangido, talvez por eu sentir que tinha pessoas muito queridas, que trabalham comigo há muitos anos, que me conhecem há muitos anos, que sempre souberam da minha orientação sexual”, pontuou.
O comunicador salientou que se sentiu constrangido pelo próprio preconceito. “Ela não era escondida, só não era pública a ponto de eu dar uma entrevista e falar sobre isso. Mas qualquer pessoa que, minimamente me conhecia, sabia. Eu nunca tentei esconder. Mas me senti constrangido diante da cena, acho que foi um momento que eu próprio consegui situar no meu corpo o meu próprio preconceito”, analisou Carmo Dalla Vecchia.
