Trama de Manoel Carlos, Mulheres Apaixonadas surgiu em 2003 com inúmeras ações socioeducativas. Helena Ranaldi foi uma das atrizes que passou por um grande sucesso ao interpretar Raquel, uma mulher que era frequentemente agredida pelo marido, Marcos (Dan Stulbach). A novela voltará ao ar no lugar de O Rei do Gado e tratará novamente de assuntos complexos.
O que você precisa saber
- Intérprete de Raquel em Mulheres Apaixonadas, Helena Ranaldi relembrou suas cenas no folhetim da Globo;
- Ela gravou diversas cenas sendo agredida por Dan Stulbach, que interpretava Marcos, conhecido por dar raquetadas em sua companheira;
- “O set ficava em silêncio. Eram cenas difíceis, eu tinha que buscar essa emoção dentro de mim, do medo, desespero, da dor“, recordou a atriz.
“O set ficava em silêncio, o estúdio também. Eram cenas sempre muito difíceis, eu tinha que buscar essa emoção dentro de mim, do medo, desespero, da dor. Entrar em contato com isso não é agradável. É uma realidade muito triste. Na novela, em 2003, essa questão ajudou bastante. O índice de denúncias aumentou, fizemos um trabalho social bacana”, afirmou a atriz para a Caras.
Ao longo da trama, a mulher se apaixonará por outro homem, Fred (Pedro Furtado). Um jovem aluno que se revoltará com a relação tóxica que Raquel vive. “Antes de começar a gravar, fiquei tentando entender porque ela se apaixonava por um menino jovem e tão frágil. Criei na minha cabeça que ela viria de uma história completamente oposta. Várias pessoas se identificaram, mulheres que passavam por aquilo, se identificaram”, relatou.
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Ao abordar o assunto da denúncia de Raquel contra Marcos na trama, a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), registrou um aumento de mais de 40% na denúncia de casos de violência doméstica sofrido por mulheres. A ideia do drama sofrido pela personagem, no entanto, foi da própria Helena Ranaldi.
“O Maneco falou: ‘Olha, Helena, eu ia colocar violência doméstica na novela, mas eu não sabia para qual personagem. Então eu vou colocar para a Raquel’. Foi uma junção do que eu falei com o que ele já pretendia fazer. Foi interessante ele colocar a violência doméstica para essa personagem de classe média, professora, esclarecida. Porque às vezes a gente tem a falsa impressão de que a violência doméstica acontece só nas classes baixas, entre as pessoas que não têm estudo, e não é”, contou a atriz ao gshow.
