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EMILIO BOECHAT

Ex-autor da Record nega pressão para virar evangélico: “Saí por vontade própria”

Imagem com foto de Emilio Boechat, ex-autor de novelas da Record
Emilio Boechat é ex-autor de novelas da Record; ele negou qualquer pressão para virar evangélico (foto: Reprodução/Record)

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Ex-autor colaborador de novelas da Record, Emilio Boechat negou que tenha sofrido pressão para se tornar evangélico durante o período em que foi contratado da emissora. Nesta quinta-feira (1º) o profissional ressaltou que não foi dispensado e deixou a companhia por vontade própria em 2020. Segundo reportagem do site Notícias da TV, de autoria do repórter Gabriel Vaquer, ele estaria entre os autores de tramas que foram supostamente rejeitados na empresa por não serem membros da Igreja Universal do Reino de Deus, da qual Edir Macedo, dono do canal, é líder.

O que você precisa saber

  • Ex-autor de novelas da Record, Emílio Boechat desmentiu uma reportagem do site Notícias da TV;
  • Ele diz que não foi procurado pelo portal, que afirmou que o novelista teria sido dispensado da emissora por não ter virado evangélico;
  • “Eu saí da emissora por vontade própria”, afirma o escritor, que acusa o veículo de ter tirado uma antiga declaração sua de contexto.

“Nunca me senti coagido a ‘me converter’ a religião A ou B. Eu saí da emissora por vontade própria. Pedi a rescisão amigável do meu contrato, no que fui prontamente atendido, e deixei a novela Gênesis (onde meu nome nem aparece nos créditos por pedido meu). Isso ocorreu em janeiro de 2020. Mas os motivos de minha saída foram artísticos”, escreveu ele em uma rede social de fotos. Ele ainda aproveitou a oportunidade para explicar o contexto de uma frase de 2021, em que chamou algumas mudanças na novela Gênesis de “esquizofrênicas”.

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“Sobre minha frase de 2021 (citada fora de contexto, um comentário sobre a queda de audiência na dramaturgia) dizia respeito aos novos rumos artísticos, que eu lamentava pois durante quase duas décadas a Record tinha aberto um importante mercado de trabalho para inúmeros profissionais com produtos de qualidade como Luz do Sol, Pecado Mortal, Poder Paralelo, Vidas Opostas, Cidadão Brasileiro, Escrava Isaura, entre outros. Não conheço a realidade de outros profissionais, mas esse tipo de preconceito eu não vivi”, continuou o profissional.

“Obviamente, se há práticas contratuais que vão contra as leis essas devem ser investigadas e os autores protegidos em todos os seus direitos, tanto autorais como trabalhistas”, finalizou Emilio Boechat. De acordo com a reportagem publicada, a autora Paula Richard, que escreveu Jesus (2018-19) e O Rico e o Lázaro (2017), foi à Justiça e pede indenização de aproximadamente R$ 5,6 milhões por preconceito religioso. Na ação, ela teria anexado depoimentos de colegas que teriam passado pela mesma situação, mas Boechat nega que tenha saído por esses motivos.

Sobre o assunto, a Record divulgou a seguinte nota:

A Record TV vem a público declarar que é contra qualquer tipo de intolerância, inclusive a religiosa.

Portanto, o Grupo Record anuncia que tomará todas as providências judiciais necessárias com relação a acusação sofrida hoje.

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