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Globoplay estreia Roque Santeiro 35 anos após último capítulo na Globo

Lima Duarte (Sinhozinho Malta) e Regina Duarte (Viúva Porcina) em Roque Santeiro (foto: Globo/Divulgação)
Lima Duarte (Sinhozinho Malta) e Regina Duarte (Viúva Porcina) em Roque Santeiro (foto: Globo/Divulgação)

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O Globoplay estreia nesta segunda-feira (21) a novela Roque Santeiro, um dos folhetins mais representativos das tradições e relações sociais do país. A disponibilização da novela, 35 anos após o último capítulo exibido originalmente na Globo, faz parte do projeto de resgate dos clássicos da dramaturgia na plataforma de streaming. Em uma sátira atemporal à exploração política e comercial da fé popular, a obra entrou para a história das novelas com os acontecimentos da cidade fictícia de Asa Branca. Lá, os moradores vivem em função dos supostos milagres de Roque Santeiro (José Wilker), um coroinha e artesão de santos de barro que teria morrido como mártir ao defender a cidade do bandido Navalhada (Oswaldo Loureiro).

O falso santo, porém, reaparece em carne e osso alguns anos depois, ameaçando o poder e a riqueza das autoridades locais. Entre os que se sentem ameaçados com a volta de Roque estão o conservador padre Hipólito (Paulo Gracindo), o prefeito Florindo Abelha (Ary Fontoura), o comerciante Zé das Medalhas (Armando Bógus) e o temido fazendeiro Sinhozinho Malta (Lima Duarte), amante da pretensa viúva do santo, a fogosa Porcina (Regina Duarte).

“A novela foi um sucesso e um divisor de águas. Ela era um microcosmos do nosso país, por isso o espectador se identifica. Eu gosto de me ver e pretendo assistir à novela toda”, Lima Duarte afirma. Ele ainda comenta como surgiu um dos gestos mais emblemáticos do personagem: o chacoalhar das pulseiras de ouro seguido do inesquecível bordão “tô certo ou tô errado?”. “Isso tudo precisava que estivesse bem fundamentado na psicologia do personagem. O Sinhozinho era vaidoso, vestia camisa de seda, estava sempre de peruca porque não suportava calvície e usava muito ouro. Ao gravar, eu gesticulava muito e numa cena que era quase um monólogo, eu acabei sacudindo a mão forte e interferiu na captação do áudio. Fez muito barulho das pulseiras e eu sugeri incorporar esse som. Assim, de forma despretensiosa, surgiu essa mania de sacudir as pulseiras e mostrar o ouro junto do jargão do personagem”, relembra.

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