A atriz Carolina Kasting esteve no elenco da novela Mulheres Apaixonadas (2003), na Globo, e interpretou Laura, uma mulher que passa por muitas humilhações durante o relacionamento com César (José Mayer), mas o final da personagem é uma vida ao lado de Téo (Tony Ramos). A artista contou que a líder de audiência não gravou cena final sobre o casal.
O que você precisa saber
- Atriz da Globo, Carolina Kasting revelou que o seu personagem ficou “sem final” em Mulheres Apaixonadas;
- Ela conta que a emissora sequer filmou o final de Laura ao lado de Téo;
- “Era lindo. Uma pena não ter havido tempo para gravarmos esta cena“, lamentou a artista.
“[O final] Era lindo. A novela acabaria com a Laura e ele caminhando com a menininha Salete (Bruna Marquezine) sugerindo que todos estariam reconstruindo a vida dentro dos moldes que se entendiam como corretos. Uma pena não ter havido tempo para gravarmos esta cena”, contou ela. “Há uma virada na trama e Téo é apresentado com sensibilidade, apesar de vacilante. Téo também faz um processo de redenção e ambos se juntam para transformar-se numa família normal, digna”, pontuou a atriz.
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Questionada sobre a densidade de uma novela de Manoel Carlos, Carolina Kasting revelou que o autor famoso por novelas na Globo sempre teve um texto específico. “É um texto peculiar, específico. Falamos algo consistente, profundo. É um mergulho na personagem, uma novela verticalizada para os atores, consistente. Lembro que logo no início da trama encontrei com ele, que me disse que Laura fazia tudo na vida por amor. Eu fiquei muito disciplinada nisso, e defendi-a com unhas, dentes, coração e vísceras. Quando eu era a Laura, não via ninguém na minha frente. Eu passava como um trator, por conta da personalidade dela, e muito se deve à frase do Maneco”, relatou em conversa com Heloísa Tolipan.
A personagem é extremamente dependente do papel interpretado por José Mayer. “Havia uma questão submissa e dependente da mulher em relação a um homem tóxico que era o César (José Mayer), uma pessoa heteronormativa, machista, que ficava com todas. Isso não era questionado, colocava-se e as pessoas tiravam as suas conclusões. Laura estava num relacionamento tóxico, mesmo sendo uma mulher bonita, bem sucedida, incrível. Se eu encontrasse ela na rua eu a aconselharia a sair dessa”, disse.