Um dos vilões que mais repercutiram nos últimos anos em uma novela da Globo foi papel de Theo, em Vai na Fé. Responsável pelo papel, Emilio Dantas afirmou que esperava mais do desfecho do personagem e queria que ele sofresse um inferno.
O ator contou que discordou de Rosane Svartman, autora, para o final do personagem. “Eu não queria a redenção dele, não. Queria um final bem punk. Inclusive, esperava mais do que a Rosane programou. Ela me contou o desfecho e eu falei: “Mas só?”. Ela não quer o olho por olho, nenhum tipo de revanchismo em cima do Theo. E tem toda a razão de escrever com responsabilidade. Por mim, Theo seria preso e obrigado a se casar com um colega de cela. Último capítulo de novela não tem sempre um casamento rolando? Imagina sendo o dele! Theo tinha que ficar sob tensão máxima até o fim, viver um inferno mesmo”, confessou.
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“Quando estou na pele dele, não penso na gravidade das atitudes, senão não faço com credibilidade. Procuro manter a energia no pico, o olhar atento e os ouvidos apurados para entregar tudo em cena. Nunca havia feito um vilão linear assim. Não é uma história de transformação, como a do Rubinho (de A Força do Querer, de 2017), nem parecida com a do Pedro (de Além do Tempo, de 2015), que tinha a questão da reencarnação envolvida”, analisou em conversa com o Extra.
O artista de Vai na Fé relatou que fez uma grande avaliação de como seria o personagem em diversas facetas. “Desta vez, peguei um personagem que gosta do caos. Acrescentei informações para esse cara não ficar monocromático. Como houve episódios de maldade, sem perspectiva de modificação, quis mostrá-lo com várias facetas”, contou.