Após o governador Eduardo Leite (PSDB-RS) falar sobre sua homossexualidade no programa Conversa com Bial na noite da última quinta-feira (1º), a internet ficou sedenta para saber quem é o primeiro-cavalheiro do Rio Grande do Sul. E a colunista Fábia Oliveira, do jornal O Dia, descobriu o nome do felizardo. É o médico Thalis Bolzan, pediatra, que se formou em Medicina em uma faculdade federal e mora atualmente no Espírito Santo. Segundo a jornalista, ele chegou a morar por um tempo em São Paulo, mas por se sentir sozinho, acabou voltando para Vitória. O casal se conheceu através das redes sociais e começou a namorar em novembro do ano passado.
“Tô namorando há nove meses. Não é do Rio Grande do Sul, é um médico do Espírito Santo. Tenho enorme admiração e amor por ele. Trabalhou em hospital de campanha. Algumas pessoas falam sobre alguma coragem que eu possa ter sobre assumir isso publicamente. Eu acho que há alguma, mas coragem tem mesmo quem vai para um hospital de campanha, para trabalhar na linha de frente da pandemia. Gente que está fazendo tanto para superar esse quadro de pandemia. Tem tantos outros exemplos de coragem que a minha fica pequenininha. E aí a minha homenagem a todos os profissionais de saúde a partir do meu namorado, que também é médico”, disse Eduardo Leite na entrevista para Pedro Bial.
No fim da conversa, o político fez uma reflexão sobre seu gesto ao se assumir em rede nacional e contou como se sentia. “Eu fico sem dúvida mais tranquilo. Porque é como eu disse, eu nunca escondi, nunca condicionei a minha vida. Eu saio com o meu namorado para jantar fora, não escondo isso de ninguém. Mas sempre ficava um burburinho, ilação, taí a piadinha que o próprio presidente fez, os ataques feitos por outros políticos. Isso não é justo, não é correto, não é tolerável”, desabafou. “Acho que posso, de alguma forma, humildemente dar uma contribuição para as pessoas que são gays, lésbicas, bis e trans ou a diversidade da nossa população… dar algum tipo de exemplo, ajudar a liderar na direção correta em que haja mais reconhecimento pelas pessoas, pelas suas capacidades, e que não seja mais a orientação sexual um tema, uma questão, que seja uma não questão. Eu tenho confiança que a gente chegará lá”, finalizou.