Domingos Meirelles e a Record não chegaram a um acordo no processo trabalhista do ex-apresentador do Repórter Record Investigação contra a emissora. Na quinta-feira (3), foi realizada a segunda audiência na 59ª Vara do Trabalho de São Paulo, e teve presença do jornalista e representantes do canal. Na ação, o profissional pede R$ 3,5 milhões de pagamento de horas extras e acúmulo de funções. Como a proposta conciliatória foi recusada, a juíza Camila Costa Koerich agendou o julgamento para 1º de setembro de 2023.
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As informações foram publicadas pelo UOL. Segundo a publicação, Domingos Meirelles relatou em depoimento que começou a trabalhar na emissora em abril de 2014 e que na época foi contratado como PJ (pessoa jurídica). O apresentador afirmou que o contrato foi feito pela emissora, sem que ele pudesse discutir cláusulas ou modificar o documento. Além disso, ele contou que foi contratado para apresentar um programa, mas que posteriormente acabou agregando outras funções e passou a cumprir horários de trabalho, como acontece com contratos de carteira assinada.
Demitido em 2021, o jornalista entrou com um processo contra a Record em janeiro, pedindo reconhecimento do vínculo trabalhista, adicional por acúmulo de funções e o pagamento de horas extras. A ação pede R$ 3,5 milhões do canal de televisão. Com isso, a Justiça determinou que a empresa apresentasse dados trabalhistas. “Considerando que parte das alegações da petição inicial e a ‘celetização’ de pessoas que antes prestavam serviços como pessoa jurídica, o que denotaria suposta fraude contratual anterior, defiro, devendo a reclamada juntar tal documentação no prazo de 10 dias”, informava a ata da primeira audiência.
Domingos Meirelles foi demitido em 2021
Domingos Meirelles foi contratado em 2014 para comandar o programa jornalístico Repórter Record Investigação. “Fui para um programa que eles criaram especialmente para mim, que, na verdade, seria como o Linha Direta Justiça. Eram casos resolvidos e que tiveram grande repercussão na época”, explicou o ex-apresentador do Linha Direta. Em 2021, durante as restrições da crise sanitária causada pelo vírus da infecção respiratória, ele foi demitido por telefone. “A direção da emissora me ligou dizendo que eles estavam enfrentando uma crise financeira porque os templos estavam fechados. Não renovaram o contrato”, disse.
