Em operação no Brasil desde março de 2020, a CNN Brasil tenta negociar o pagamento dos direitos de uso da marca do canal de notícias internacional no país. De acordo com informações divulgadas, o empresário Rubens Menin, proprietário da emissora, deve desembolsar cerca de 12 milhões de dólares por ano (quase 60 milhões de reais, na cotação atual), em um contrato de licenciamento de 15 anos. A primeira quitação deverá ser feita até o fim de 2023, mas há uma negociação para tentar reduzir o valor.
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Os detalhes foram publicados pelo colunista Sandro Nascimento, do NaTelinha, na última terça-feira (8). Segundo a publicação, os executivos americanos que representam a CNN Internacional estão irredutíveis em aceitar a proposta da CNN Brasil. As cláusulas do contrato são mantidas em sigilo, mas a informação é de que a emissora brasileira tinha um prazo de dois anos antes de começar a fazer os pagamentos pelo uso da marca a partir do início das transmissões. O prazo para o primeiro depósito termina no fim de 2023.
Ainda de acordo com o colunista, existem alguns obstáculos que dificultam as negociações. Na época em que a Novus Mídia S.A. fechou acordo de licenciamento da CNN Brasil, o presidente do canal era Douglas Tavolaro, que deixou a companhia repentinamente em 2021. Já o executivo Jeff Zucker, que esteve à frente das conversas para o licenciamento da operação brasileira, se demitiu da presidência da CNN Internacional em 2022. A situação piora ainda mais porque a Warner Media, dona da marca CNN, foi vendida para a Discovery em abril do ano passado por aproximadamente US$ 43 bilhões.
O valor pago pela Discovery pela Warner considera dinheiro, ações e assunção de dívidas. Os pagamentos de licenciamento das operações internacionais da CNN também foram inclusos na venda do conglomerado de mídia internacional. Nos bastidores do canal de notícias, a avaliação é de que o pagamento de R$ 60 milhões até o fim do ano deixa a operação inviável. Por outro lado, a CNN norte-americana considera que manter seu nome no país é um importante ponto estratégico geográfico e de negócio. Segundo o NaTelinha, CNN Brasil não se manifestou sobre o assunto.
