Ex-funcionário da Globo com 23 anos de serviços prestados, Luis Cesar Fenzi Magnoli está processando a emissora com a acusação de não respeitar direitos trabalhistas. De acordo com informações do processo, o homem que atuou como operador de câmeras e editor de videografismo alega que a empresa tentou fraudar contrato com cláusulas de horas extras. Além disso, o profissional afirma que o canal o deixou sem almoço e provocou desgaste pela jornada diário de trabalho de 11 horas.
Os detalhes da ação trabalhistas foram divulgados pelo site Notícias da TV. Magnoli argumenta que a Globo o contratou em 2000 para trabalhar por seis horas por dia, mas que cumpria jornada de oito horas. Segundo consta em documento apresentado à Justiça, a pré-contratação de horas extras foi firmada apenas em setembro de 2003. No processo, o ex-funcionário pede R$ 1 milhão de indenização para a reparação dos danos.
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A defesa de Luis Cesar Fenzi Magnoli alega que a Globo tentou atribuir caráter incidental de celebração de contrato para fraudar um inciso do TST (Tribunal Superior do Trabalho). Segundo o advogado Leandro Mazoca, o “o acordo é nulo porque torna regular trabalhar 48 horas semanais, quando o ideal seria 44 horas, o que ofende o artigo”. O defensor cita a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) como justificativa do erro da emissora. “Duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e 44 semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho”, diz.
Ex-funcionário da Globo trabalhava em horário de almoço, diz processo
Nas provas anexadas nos autos do processo estão escalas diárias nas quais o horário de almoço de uma hora era dividido ao mesmo tempo com outras tarefas profissionais. Com isso, o ex-funcionário do canal não usufruía do horário de descanso previsto em lei. O operador de câmeras começava no trabalho às 10h e encerrava a jornada por volta das 21h. No entanto, às vezes até passava do horário de término do serviço por determinação da companhia da família Marinho, atuando mais de 11 horas por dia.
Na empresa, Luis Cesar Fenzi Magnoli trabalhou em produções como o Domingão do Faustão (1989-2021) e Programa do Jô (2000-2016) como operador de câmeras, editor de videografismo e operador de caracteres. Também foi responsável por artes e infográficos que eram utilizados ao longo da programação como o Globo Esporte, Jornal Hoje, Dança dos Famosos, além de outros programas. A Globo não comentou o assunto, mas habitualmente a emissora não se manifesta sobre casos sub judice. A defesa de Luis Cesar Fenzi Magnoli também não foi localizada pela publicação.