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CENA DE DÉBORA FALABELLA

Cena complexa de Terra e Paixão faz atores chorarem na Globo: “Desgaste”

Foto de Débora Falabella e Ângelo Antônio em Terra e Paixão
Cena de Lucinda e Andrade em Terra e Paixão comoveu a equipe da Globo (foto: Reprodução/Globo)

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Terra e Paixão tem colocado no ar o foco na história da violência doméstica. Na trama de Walcyr Carrasco, Lucinda (Débora Falabella) sofre agressões do próprio marido, Andrade (Ângelo Antônio), que frequentemente culpa a bebida por sua postura violenta. Joana Clark, uma das diretoras à frente do projeto, tem sido responsável pelos momentos de tensão do núcleo.

“(…) A cena precisava ter essa força, porque isso vai gerar consequências definitivas na novela. A Lucinda vai, de fato, fazer corpo de delito e denunciar o Andrade após anos de uma relação violenta e abusiva. Ela vai fazer corpo de delito, acaba passando a noite no hospital. Ele é preso, passa uns dias na cadeia e ela pede separação. Então, assim, realmente é um turning point ali da história dos dois”, contou a diretora.

A executiva relatou que o momento do pedido da saída do personagem de casa degringola todo o resto. “Sou uma pessoa que ouço muito o elenco. Ouvi muito a Débora e o Ângelo pra achar um caminho pra essa cena. Ela começa com a revolta extrema dessa mulher, que não aguenta mais esse marido dar furo, não só com ela, mas com o filho, que eu acho que é uma das maiores motivações pra ela falar assim, ‘você vai embora dessa casa’. O Andrade nunca tinha visto essa mulher tão decidida. Então, a fúria com que ele veio nessa cena foi possivelmente maior do que todas as outras”, analisou ao gshow.

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Ela explicou que existe uma equipe de dublês que ensinam esses chutes serem feitos para Terra e Paixão. “É quase um balé coreográfico. São cenas muito delicadas, tivemos que repetir algumas vezes. É um desgaste emocional muito grande. A gente teve choro por parte do elenco, não só o central ali da ação, mas a Kizi [Vaz] e o Leandro [Lima] ficaram super sensibilizados. Em algum lugar a violência contra a mulher acaba entrando ali na memória afetiva”, pontuou.

A diretora afirmou que Débora Falabella sentiu mais esse momento da cena e precisou ser acolhida pela equipe no final. “Eu senti que a Débora, ao final dessa cena, ficou mais abalada do que em outras, por exemplo. O corpo repercutiu mais a emoção. Isso, às vezes, gera uma certa preocupação: ‘Débora tá tudo bem?’. Então rola aquele abraço, a gente se acolhe. É muito importante a gente se acolher ao final. O corpo tá fingindo sentir, tá interpretando um sentimento, a cabeça sabe, mas o corpo não. Ter esse acolhimento final é muito bom para recuperar as energias boas”, declarou.

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