O apresentador Fausto Silva concedeu uma entrevista após a cirurgia de transplante cardíaco, realizada no último domingo (27). Em conversa com o colunista Lucas Pasin, do UOL, o comunicador de 73 anos afirmou que vive uma “sensação única” depois da cirurgia. “Estou me sentindo ótimo. Por mim, eu saía daqui amanhã, estou abismado com a minha recuperação. Não tenho nada para reclamar. Sinto apenas uma leve dor nas costas, é um detalhe perto de tudo que aconteceu”, disse Faustão.
Faustão está internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, desde o dia 5 de agosto. Ele deu entrada na unidade médica para tratar um quadro de insuficiência cardíaca e passou por diálise. A cirurgia de transplante do coração levou cerca de 2h30 para ser concluída pela equipe médica que atende o apresentador. Segundo a Central de Transplantes do Estado de São Paulo, ele conseguiu o coração porque a equipe transplantadora do paciente que ocupava o topo da lista prioritária recusou o órgão.
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Com a recusa do primeiro paciente, que pode acontecer em razão de potenciais incompatibilidades entre receptor e doador, o veterano da TV era o segundo na fila e foi operado. Na entrevista ao jornalista do UOL, Faustão falou sobre a sensação de ter um novo coração. “Sinto como se o meu coração batesse ainda mais forte, é uma sensação única. Tiveram que tirar um monte de entulho de dentro de mim, e colocaram um coração novo, de um garotão de 35 anos. É algo que me faz sentir muito vivo”, declarou o ex-contratado da Band.
O comunicador também disse qual foi o primeiro pensamento dele ao acordar da cirurgia. “O meu primeiro pensamento foi: eu preciso motivar a doação de órgãos. O Brasil tem que ser o primeiro lugar do mundo. Tem que existir mais projetos. Precisamos fazer alguma coisa para melhorar isso, e pensarmos nos próximos. Precisamos usar a fé na doação. Se eu não tivesse fé, não estaria vivo”, relatou. A previsão é de que Fausto Silva continue mais alguns dias no hospital.
Em boletim médico divulgado na quarta (30), o hospital informou que ele já retirou drenos do corpo e deu início às sessões de fisioterapia. “Ontem parecia que eu estava num dia normal na minha vida. Sentei, andei, conversei. É um absurdo poder fazer tudo isso. Só tenho a agradecer aos meus médicos e ao SUS. Tudo isso também é graças ao SUS. Não é porque eu tenho dinheiro que estou bem. Tudo isso que fiz também é feito no SUS, e isso precisa ser valorizado. É importante que todos se informem sobre, e essa será agora a minha missão”, finalizou Faustão.
