A repórter Isabel Balado, do canal Mediaset, da Espanha, foi assediada enquanto fazia uma reportagem ao vivo sobre um assalto ocorrido no final de semana em um estabelecimento próximo da praça Tirso de Molina, em Madri. A jornalista estava em uma transmissão para o programa En Boca de Todos quando um homem a interrompeu. Identificado como um cidadão romeno de 25 anos, o rapaz apalpou as nádegas da profissional e perguntou para qual emissora ela trabalhava. Ele foi preso.
No vídeo, a jornalista espanhola fica visivelmente incomodada com a atitude do homem, se afasta dele e continua repassando as informações sobre o assunto. A repórter, no entanto, é interrompida pelo jornalista Nacho Abad, que comandava o programa do estúdio, que repreende o rapaz que a assediou. “Por mais que você queira me perguntar de que canal somos, você realmente tem que tocar na minha bunda? Estou exercendo um direito e estou trabalhando”, disse ela. “Eu não queria tocar na sua bunda”, responde o homem.
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Aparentando estar nervosa com a situação, Isabel Balado mantém as mãos na orelha como se estivesse ouvindo algo da equipe da emissora no ponto. A jornalista se afasta do assediador, mas antes de sair ele encosta nela novamente, dessa vez no cabelo. A polícia espanhola foi chamada pelos profissionais da Mediaset, que rapidamente prenderam o rapaz. O acusado foi levado para a Unidade de Família e Assistência à Mulher da sede da polícia de Madrid.
Autoridades vão ouvir Isabel Balado e acusado de assédio
Apesar de as câmeras do canal terem registrado o momento em que ele encosta na repórter, o homem nega as acusações. As autoridades da Espanha vão ouvir a jornalista e o homem e colher as imagens que registram a importunação sexual. Nas redes sociais, figuras importantes do país da Europa se manifestaram sobre o caso. “O machismo é o que faz com que as jornalistas sofram agressões sexuais como essa e porque os agressores ficam sem nenhum remorso diante das câmeras. Não pode ficar impune”, disse Sumar Yolanda Díaz, ministra do Trabalho na Espanha.
“O que até agora era ‘normal’ não é mais normal. #SeAcabó [acabou, na tradução para português] é o grito do nosso país para garantir o direito à liberdade sexual de todas as mulheres. O toque não consensual é violência sexual e dizemos o suficiente para a impunidade. Todo o meu apoio a Isa Balado. Só sim é sim”, disse também Irene Monteiro, ministra da Igualdade em exercício da Espanha no X, a antiga rede social de mensagens curtas do passarinho azul.