Minissérie criada pela Globo, O Quinto dos Infernos foi um sucesso de polêmica em 2002. A trama escrita por Carlos Lombardi, com colaboração de Margareth Boury e Tiago Santiago foi escalada pelo Globoplay para entrar no catálogo do streaming.
A história da Globo foi protagonizada por Marcos Pasquim, Luana Piovani, Caco Ciocler, Humberto Martins, Danielle Winits, Bruna Lombardi, Cláudia Abreu e Eva Wilma nos papéis principais. A novela contou sobre os bastidores da Independência do Brasil (1822), a fundação do Império do Brasil (1822-1889), contada de maneira cômica e com muita aventura, mas o formato não agradou os historiadores.
Na época, o historiador José Jobson Andrade de Arruda criticou a emissora pela produção. “Assisti a primeira vez e não consegui terminar de ver a segunda. Uma emissora como a Globo deveria informar e não fazer piadas”, disse ele. O autor Carlos Lombardi chegou a rebater as críticas que recebeu. “Informar nunca foi nossa pretensão, mas sim divertir. Não somos um programa educativo, somos uma obra de ficção”.
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O novelista garantiu que o horário permitiria que ele pesasse a mão na história, mas ele foi alvo de críticas da mesma forma. “Segundo a pesquisa, ele foi muito mais mulherengo. O meu Dom Pedro, perto do original, ainda era romântico. Sempre digo que a estrutura da minissérie daria uma novela das sete de 200 capítulos. Mas, já que eu ia contar a história às 23h, poderia pesar um pouco mais a mão nas cenas de sexo, sem perturbação. Doce ilusão a minha. Encheram o saco, igualzinho. Eu argumentava: ‘isso não é hora de criança estar vendo televisão'”, disse ele em entrevista ao livro Autores: Histórias da Teledramaturgia, lançado pelo projeto Memória Globo em 2008.